terça-feira, março 27, 2012

Olimpíadas de Biotecnologia 2011/12 - Alunos do Colégio Valsassina apurados para a 2ª eliminatória


Alunos apurados para a 2ª eliminatória das Olimpíadas de Biotecnologia

RITA QUINTAS, 12º1
ANA MARGARIDA DELGADO , 12º1
MADALENA OLIVEIRA COSTA , 12º1
EMMA RODRIGUES , 12º1
MARIA TERESA DOUWENS , 12º1
LEONOR PAIS, 12º1
MARIANA MARTINHO, 12º1
RITA REIS MARQUES, 12º1 


A 2ª eliminatória irá realizar-se no dia 18 de Abril.

Para mais informações consultar:  http://www.esb.ucp.pt/olimpiadasbio/

sexta-feira, março 16, 2012

Gastronomia molecular


            Nos últimos anos começou a tomar-se consciência da relação entre a ciência e a cozinha. Na verdade, conhecer os ingredientes com que se trabalha mais aprofundadamente e de um ponto de vista cientifico, bem como compreender os fenómenos físicos e químicos que ocorrem quando se cozinha, permitem obter um importante Know-How sobre a melhor forma de os confeccionar e combinar.
            O facto de se compreender os processos e as técnicas culinárias cientificamente permite abordar o ato de cozinhar com maior conhecimento, abrindo-se inúmeras possibilidades em termos de optimização de processos e qualidade final, e de eficácia do processo criativo. Ao compreender os porquês do que era feito empiricamente, abriu-se a possibilidade de se trabalhar numa cozinha com um domínio diferente sobre os alimentos e técnicas para os transformar / cozinhar e, como consequência, tem sido possível a obtenção de novos e melhores resultados. O conhecimento cientifico possibilita ainda a introdução de certos ingredientes menos vulgares, bem como de novas técnicas.

            A gastronomia molecular é um ramo da ciência dos alimentos nascido há cerca de 20 anos e que se centra nos fenómenos físicos e químicos que ocorrem quando se está a cozinhar(http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=9323&op=all, disponível em 20 de Novembro de 2011). A expressão "gastronomia molecular" foi criada em 1988, pelo físico húngaro Nicholas Kurti, da Universidade de Oxford, e pelo químico francês Hervé This.
            Esta ciência é dedicada ao estudo dos processos químicos e físicos relacionados com a culinária. Estuda os mecanismos envolvidos nas transformações dos ingredientes no cozimento e investiga os aspectos sociais, artísticos e técnicos da culinária e gastronomia (de um ponto de vista científico).
            Para as próximas gerações é imprescindível que a alimentação disponível seja orgânica, de origem vegetal e ambientalmente responsável. Com a superpopulação mundial, os problemas ambientais presentes e os que se adivinham e a evidente falta de comida no futuro, caberá à ciência procurar soluções. A ciência e a tecnologia permitem não só conservar e preparar os alimentos de forma satisfatória, mas também inventar novas texturas, cores e sabores que todos os dias nos surpreendem.


            A textura dos alimentos tem um papel fundamental na forma como os sentimos quando os degustamos, tão importante como a sensações gustativas, olfactivas e visuais. Esta é muitas vezes uma característica determinante na aceitabilidade de um alimento, e influencia o prazer que este proporciona ao consumidor. São exemplos a carne que se quer tenra, certos queijos amanteigados, as batatas fritas, as bolachas que se querem crocantes.
            Os texturantes são principalmente proteínas, lípidos de várias origens e fazem  parte de uma lista de aditivos alimentares autorizados na União Europeia geralmente designados por “Es”, seguida de três ou quatro algarismos. Os texturantes encontram-se na categoria de emulsionantes, estabilizantes, espessantes e geleificantes, como por exemplo : Agar ( E 406, polissacarídio extraído de algas vermelhas); Alginatos (E 400-404, polissacarídeo extraído de algas castanhas); etc
            Os géis são sistemas constituídos por uma fase liquida retida numa fase sólida, sendo esta constituída por uma rede tridimensional de moléculas longas interligadas. Os gelificantes usados na alimentação podem ter diversas origens: Plantas, Algas, Microbiana e Animal.
            A escolha da substancia texturante mais apropriada para cada caso depende do resultado pretendido, das especificações de cada texturante e dos ingredientes a geleificar.
          O objectivo do nosso trabalho é obter mais conhecimentos sobre a gastronomia molecular; explicar como se iniciou o estudo e  prática desta em Portugal; referir figuras portuguesas que se destacaram mais neste ramo; descrever a influência da arte e da ciência na alimentação; e aplicar algumas das vastas receitas da gastronomia molecular. Para este fim, iremos demonstrar que a ciência e a arte podem estar muito presentes nos hábitos de consumo de alguns alimentos, que, aparentemente para certas pessoas, podem não parecer muito atractivos. Por fim, propomo-nos a fazer um livro com algumas destas receitas gastronómicas e seleccionaremos três delas para demonstrar ao público.


Filipa Verdasca e Beatriz Chagas. 10º1A

Hidroponia: montagem de um sistema vertical para a produção de alfaces


            A Hidroponia consiste no cultivo de plantas, sem a utilização de solo. As raízes das plantas recebem uma solução nutritiva com água e rica em nutrientes indispensáveis ao desenvolvimento das plantas.
O termo hidroponia deriva do grego e significa trabalho ou cultura (ponos) na água (hydros), pelo que, em rigor etimológico, este nome deveria ser utilizado para designar apenas a “cultura em água”. No entanto, a tecnologia e a condução das culturas é semelhante nos diferentes sistemas de cultura sem solo, pelo que muitas vezes se englobam na designação genérica de hidroponia (sentido lato).
Com a intensificação dos sistemas culturais em estufa, surgem com frequência dois tipos de factores limitantes a nível do solo: salinidade e doenças causadas por fungos do solo. A cultura sem solo permite ultrapassar estas limitações. Além disso, uma vez que a nutrição da planta pode ser controlada e os factores edáficos deixam de ser limitantes, as produtividades obtidas nestes sistemas pode ser superior, especialmente sob condições de clima controlado.
Como tal, este é um sistema com inúmeras vantagens, designadamente:
  • ·         Produção de alimentos num curto espaço de tempo
  • ·         Não se utiliza solo, por isso não existe a sua sobre-exploração
  • ·         Poupança de espaço (pode-se fazer num apartamento)
  • ·         Menor desperdício (maior controlo da água, nutrientes, etc.)
  • ·         Riscos climáticos reduzidos
  • ·         Menor risco de pragas
  • ·         Qualidade e homogeneidade dos alimentos

            A solução nutritiva é a única fonte de nutrientes para a planta. Tendo em conta que o cultivo é feito longe do solo, consegue-se assegurar que as plantas fiquem livres de contaminantes desse meio. Como tal, as plantas crescem de forma mais saudável, pois estão num ambiente. Além disso, devido ao cultivo em ambiente fechado, o ataque de pragas e doenças é, geralmente, baixo, diminuindo ou anulando a aplicação de agentes de controlo.
São vários os produtos que podem ser obtidos através de sistemas hidropónicos. Para além da alface, que é o produto mais cultivado, pode ser também produzido: brócolos, feijão, couve, salsa, melão, agrião, pepino, beringela, tomate, morango, entre outras. Não obstante, teoricamente, qualquer planta pode ser cultivada no sistema.
Além dos benefícios já referidos, a montagem de uma cultura hidropónica na vertical utilizando, por exemplo, garrafas de plástico de 1,5l pode ser uma solução interessante a utilizar nas varandas dos prédios em ambiente urbano.
É com base nestes princípios que pretendemos montar uma cultura de alfaces recorrendo à hidroponia, demonstrando dessa forma as vantagens e potencialidades deste processo.
No contexto da globalização, com frequência os produtos hortícolas frescos vêm cada vez mais de longe e chegam às nossas mesas cada vez menos frescos. Como tal, a produção de alimentos e o seu consumo a nível local tornam-se cada vez mais importantse, contribuindo para o consumo de produtos de melhor qualidade, evita-se emissões de gases de efeito de estufa associados ao transporte e promove-se ainda a economia da região.
A produção de alguns alimentos em hortas verticais na própria casa além de assegurar uma certa independência pela compra de certos produtos, contribui para uma alimentação mais saudável. Em complemento, estas “pequenas hortas” contribuem para a expansão dos espaços verdes e consequente renovação da paisagem urbana.

Gonçalo Mota Carmo, Gonçalo Pereira, Tomás Carvalho. 10º1A