Este blog pretende divulgar alguns trabalhos de alunos, projectos e/ou actividades do Colégio Valsassina, realizados no Departamento de Biologia. Estamos a viver uma “sociedade biológica”. A saúde, a gestão dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade, a gestão dos resíduos, o controlo de pragas, as análises bioquímicas de águas, solos ou organismos são alguns dos sectores que dependem cada vez mais da Biologia.
sábado, novembro 29, 2008
Concurso «Na senda de Darwin» - Provas 1 e 2
quarta-feira, novembro 26, 2008
Semana da Ciência e da Tecnologia 2008
quarta-feira, novembro 12, 2008
Semana da Ciência e da Tecnologia
sexta-feira, outubro 24, 2008
Sabem que foi Charles Darwin?
- Equipa testudantes
- Equipa Iguanidae
quinta-feira, outubro 23, 2008
O que Darwin viu nas Galápagos...
- Equipa Iguanidae
- Equipa tEstudantes
terça-feira, outubro 21, 2008
segunda-feira, outubro 20, 2008
Fórum Ciência Viva 2008 - 22 e 23 Novembro
segunda-feira, outubro 06, 2008
Na senda de Darin
- José Patto (11º 1A)
- Tomás Ferreira (11º 1A)
- Yassir Manji (11º)
Os tEstudantes:
- Ana Rita Ferrito (11º 1B)
- André Correia (12º 1A)
- Francisco Silva (11º 1B)
Brevemente daremos mais notícias...
sexta-feira, junho 13, 2008
Organismos Geneticamente Modificados
A história dos OGM remonta a 1973 com a identificação do plasmídeo Ti da bactéria Agrobacterium tumefaciens que permite acolher o gene portador do carácter procurado que está em condições de introduzir no genoma de uma planta. A partir daí foram inúmeros os desenvolvimentos da produção e do consumo de OGM desde a obtenção da primeira planta transgénica em 1983, passando pela comercialização de plantas geneticamente modificadas em 1990 até à etiquetagem dos produtos com OGM em 1998, entre muitos outros acontecimentos.
A produção de OGM processa-se do seguinte modo: identificação de gene d interesse numa determinada espécie; isolar o referido gene do ADN; incorporação do gene numa sequência de ADN uma vez que uma determinada sequência de genes só pode ter expressão se estiver inserido no ADN; produzir várias réplicas do ADN que contém o gene de interesse; incorporar esse ADN numa célula receptora o que faz com que haja uma transformação de uma espécie noutra (a transgénica) ao receber um novo ADN que vai ser replicado; validação dos resultados da expressão do gene que no início foi retirado; caracterização da expressão do gene. Após a fase de testes e com a certeza da expressão do novo gene então este irá ser incorporado numa variedade comercial de modo a ser produzido em grande escala.
Os OGM são produzidos e comercializados porque supostamente existe alguma vantagem para o produtor ou consumidor nestes alimentos como baixo preço, o valor nutricional e a durabilidade.
São inúmeras as aplicações dos OGM. Ao nível da saúde destaca-se a investigação de doenças mediante caracterização genética, a produção de vacinas e medicamentos e o reconhecimento de genes alergénicos. Quanto à produtividade agrícola as vantagens são a maior resistência a agentes externos, alimentos básicos mais nutritivos e os animais de quinta mais produtivos. No que ao ambiente diz respeito destacam-se as aplicações ao nível da produção de maior quantidade de alimento em menor área de terreno, de biocombustíveis, da reabilitação de terras pouco férteis e da melhoria da conservação dos produtos obtidos.
Não obstante, a produção de OGM acarreta também grandes riscos como a possibilidade de contaminação genética da biodiversidade, o aumento da resistência a antibióticos e aparecimento de novos vírus, poluição ambiental, extinção de espécies animais e vegetais, alteração das características do solo, entre muitos outros.
Em suma, sem menosprezar a importância do acompanhamento de todas as implicações possíveis, nomeadamente na saúde e no ambiente no imediato e a longo prazo, o balanço da introdução desta tecnologia é positivo, justificando-se todos os esforços desenvolvidos e a desenvolver neste tão promissor campo da Ciência.
quarta-feira, junho 11, 2008
Os estromatólitos ...
Os estromatólitos são um dos vestígios de vida mais antigos na Terra, foram encontrados há 3,5 mil milhões de anos. Estromatólitos são fósseis que foram originados por bactérias e cianofitas que, ao captarem os carbonatos existentes nos meios onde viviam, e ao metabolizá-los, os depositavam nas suas membranas celulares e, assim, foram-se desenvolvendo em camadas sucessivas, alternando com partículas sedimentares sobre um substrato rígido. Estas estruturas podem assumir diferentes formas, como esteiras microbianas, camadas, domos, colunas e oncólitos.
Os estromatólitos desenvolvem-se como um tapete de colónia de cianobactérias dependentes da energia solar para se alimentarem e crescerem, recolhendo-se em estado dormente à noite para porções mais internas do montículo por elas criado e voltando no dia seguinte à superfície; nestes processos, segregam carbonatos de cálcio que fixa e cimenta finas partículas dispersas na água o que origina as lâminas que se sobrepõem e fazem crescer os montículos que tendem a formar colunas verticalizadas.
Há estromatólitos de diversas idades, desde estruturas recentes e em construção, encontradas em lagoas hipersalinas (como por exemplo em Shark Bay, na Austrália), até aos estromatólitos com idades acima de 3 bilhões de anos atrás. O principal acontecimento deu-se no Pré-câmbrico Inferior, e alcançou grande desenvolvimento no Pré-câmbrico Superior.
Estes organismos foram os primeiros recicladores de carbono, os primeiros produtores de oxigénio e os primeiros seres a contribuirem para a construção de zonas de recifes.
As cianobactérias que participavam na construção dos estromatólitos foram possivelmente responsáveis pela geração de parte do oxigénio da atmosfera primitiva terrestre, realizando a fotossíntese e fornecendo a energia e o carbono, directa ou indirectamente, para uma vasta comunidade de seres vivos, sendo a forma de vida dominante por mais de 2 mil milhões de anos.
Os insectos ...
São igualmente os mais importantes invertebrados que podem viver em locais secos e os únicos capazes de voar. A capacidade de voar permite-lhes escapar aos inimigos, capturar presas e encontrar parceiros.
Os seus tamanhos variam entre cerca de 0,25 mm e 28 cm.
São abundantes em todos os habitats excepto no mar, embora a maioria seja terrestre ou aéreo.
Não existe certeza sobre o motivo para este tremendo sucesso evolutivo destes animais, mas das suas características principais, sem dúvida a capacidade de voar terá permitido uma capacidade de dispersão máxima. Outro aspecto importante será o facto de serem animais pequenos, o que lhes permite ocupar micro-habitats inacessíveis a outros animais. Os insectos apresentam ciclos de vida curtos, pelo que se podem multiplicar rapidamente em condições favoráveis. As espécies predadoras são muito importantes para controlar o número de outros insectos.
As principais características dos insectos incluem cabeça, tórax e abdómen distintos, todos com função determinada.
A asa de um insecto é formada por uma fina membrana coberta de finos pêlos, e suportada por "nervuras" por onde circula a hemolinfa. Os insectos controlam as asas através de dois mecanismos alternativos: por controlo directo ou indirecto.
Sistema digestivo completo com boca com glândulas salivares, intestino dividido em anterior, médio e posterior.
O sistema circulatório é aberto e apresenta um coração delicado dorsal ligado a uma aorta anterior, não apresentando veias ou capilares.
A respiração é feita através de traqueias muito ramificadas, com espiráculos pares em cada segmento do tórax e abdómen, que transportam oxigénio directamente aos tecidos.
A excreção é geralmente feita por numerosos tubos de Malpighi, embora algumas espécies apenas apresentem um par, fixos na extremidade anterior do intestino posterior.
O sistema nervoso é desenvolvido e está associado a órgãos dos sentidos.
Muitos insectos sobrevivem a temperaturas baixas entrando em estado de dormência. No entanto, algumas das formas maiores realizam migrações de longas distâncias (mais de 4000 Km, como no caso das borboletas monarca, que voam desde o Canadá até ao México para passar o Inverno).
A reprodução pode ser assexuada por partenogénese (em algumas espécies) ou sexuada, com sexos separados e fecundação interna.
Macaca Fuscata
A Macaca Fuscata reside em essencialmente três habitats: o da floresta húmida das planícies do Japão, o da floresta húmida e das temperaturas baixas e o das montanhas, onde as temperaturas são muito baixas, sendo este último o que tem mais importância para este trabalho.
Os elementos da espécie Macaca Fuscata que residem nas montanhas estão submetidos a temperaturas muitas vezes negativas, chegando mesmo a dezenas de graus centígrados negativos. Pensa-se que conseguem lá sobreviver pois existe uma actividade vulcânica considerável que se evidência na forma de nascentes termais, termas e lagoas de água quente, que permitem desta forma o crescimento de vegetação fundamental para a alimentação dos macacos e o calor dessa actividade vulcânica dá a possibilidade aos macacos que equilibrarem e aumentarem o seu calor corporal e desta forma esses elementos da espécie Macaca Fuscata têm a capacidade de sobreviverem nas montanhas mais altas do Japão onde as condições são bastante severas.
É claro que a existência de nascentes termais, termas e lagoas de água quente não são os únicos responsáveis pela sobrevivência dos macacos desta espécie nas montanhas: os elementos desta espécie que residem nas montanhas possuem pêlos espessos e grossos e têm uma pelagem densa, que os protege do frio.
Um comportamento curioso que esta espécie tem é que aquando do frio, eles reduzem a sua actividade corporal e dormem durante várias horas aninhados, chegando mesmo por vezes a estar um grupo inteiro de cerca 20 indivíduos a dormirem todos juntos e numa espécie de pilha.
Foi devido a várias técnicas de sobrevivência que agora há grupos de macacos da espécie Macaca Fuscata que residem a quase tempo inteiro nas montanhas, saindo dessas áreas para se alimentarem em terrenos de menor altitude.
Curiosidade: A espécie Macaca Fuscata é a espécie de primatas existentes em maiores latitudes em relação ao Equador no Hemisfério Norte.
Fontes hidrotermais
Quando duas placas se afastam o material em fusão sobe em direcção à superfície através do rifte formada aquando a separação das placas. Dá-se a erupção de lava até à superfície e a formação de nova crosta terrestre. Este processo cria uma série de vulcões submarinos chamados cristas médio-oceânicas. É aqui que as fontes hidrotermais se encontram.
A água fria penetra na crosta terrestre através de falhas e mistura-se com o material em fusão que lá se encontra (formando um fluido). Neste momento a temperatura excede os 350º. A esta temperatura, metais e enxofre presentes nas rochas são dissolvidos e incorporados no fluido. Este fluido hidrotermal volta à superfície carregado com enxofre, hidrogénio, metano, manganésio e metais, mas sem oxigénio. Quando o fluido hidrotermal, que está muito quente (360º), entra em contacto com a água do mar, fria e rica em oxigénio, os metais dissolvidos precipitam. Estas partículas depositam no fundo do oceano formando as chaminés das fontes hidrotermais.
A vida na Terra, e especificamente nos oceanos, é dependente do oxigénio, da energia solar, e da temperatura amena. Como a luz solar só penetra no oceano até cerca de 300 metros no máximo, e como nos fundos oceânicos as massas de água provêm das zonas subpolares, sendo bastante frias, as zonas abissais constituem ambientes frígidos, escuros e inabitáveis. Foi então surpreendente quando os cientistas descobriram diversas formas de vida desconhecidas. Curioso foi o facto de as espécies encontradas serem exclusivas destes ecossistemas e não poderem viver fora dele. Exemplos de espécies encontradas são mexilhões da família Bathymodiolidae, o verme gigante Riftia e Camarão Rimicaris.
Na base da cadeia alimentar encontram-se bactérias quimiossintéticas, ou seja, a fonte de carbono é inorgânica (CO2 – tal como na fotossíntese), mas a fonte de energia é química, obtida através de enxofre e metano e da oxidação de sulfuretos. Alimentando-se dessas bactérias, aparecem vermes e moluscos bivalves gigantescos, com 26 centímetros de comprimento. Estranhas espécies de caranguejos e de camarões e outros animais mais complexos surgem no fim da cadeia alimentar.
A fauna móvel é sobretudo constituída pelo caranguejo Bythograea thermidon e por numerosas galateas (Munidopsis). Entre os peixes, o mais abundante é o zoarcídeo Thermarces cerberus.
Animais Extremófilos
O termo extremófilo foi usado pela primeira vez por MacElroy em 1974 para designar organismos que proliferam em ambientes extremos. Logo, um animal extremófilo é um organismo que vive em ambientes que excedem as condições óptimas para o crescimento e a reprodução da maioria dos organismos terrestres. Estes organismos estão representados em todos os domínios da vida: Archaea, Bactéria e Eucarya, mas predominam os microrganismos, sendo a maior parte deles Archaea (microrganismos que habitam em fontes termais, águas extremamente ácidas ou alcalinas, tracto intestinal de vacas, térmitas e seres marinhos, lamas anóxicas no fundo dos oceanos, águas com elevadas concentrações salinas, etc.)
Dentro dos extremófilos há microrganismos que vivem e se reproduzem em ambientes de elevada temperatura, como as fontes termais (termófilos), outros que se desenvolvem em ambientes frios, próximos ao ponto de congelamento da água (psicrófilos), outros que suportam valores extremos de pH, muito ácidos (acidófilos) ou básicos (alcalófilos) e por fim os que sobrevivem em ambientes de grande salinidade (halófilos).
A adaptação de organismos em condições ambientais extremas obrigou-os a desenvolver componentes celulares e estratégias bioquímicas para esse efeito. Por exemplo, os halófilos acumulam iões inorgânicos em concentrações elevadas para contrabalançarem a pressão osmótica externa e manterem a integridade celular. Além disso a composição dos aminoácidos das suas proteínas é diferente do habitual devido à elevada concentração salina do citoplasma e outros componentes celulares como os ribossomas e parede celular também apresentam modificações, o que lhes permite ocupar habitats salinos mas também restringe a sua sobrevivência a esses mesmos habitats.
Termorregulação
Os mecanismos fisiológicos usam mensagens nervosas para regular a temperatura interna enquanto que os mecanismos comportamentais regulam a temperatura com a ajuda de factores externos e comportamentais. Neste último caso, um ser vivo com baixa temperatura tenta deslocar-se para locais com elevadas temperaturas.
Em relação à temperatura corporal podemos dividir os seres vivos em dois grupos: seres exotérmicos e os seres homeotérmicos.
Os seres exotérmicos, ou poiquilotérmicos como também são chamados, não têm mecanismos muito evidentes para regular a temperatura, apresentando assim uma temperatura corporal variável consoante a temperatura do meio em que está. Estes seres usam mecanismos omportamentais de termorregulação.
Alguns tipos de comportamentos demonstrados pelos animais poiquilotérmicos são: entrar e sair da água, exposição ao sol ou procura de sombra, mudança de profundidade nas águas, etc. Os lagartos, por exemplo, colocam-se imóveis e em posição frontal ao sol para aumentar a temperatura.
Os seres endotérmicos, (como as aves, os mamíferos, alguns insectos e algumas espécies de peixes como atum ) ao contrário dos seres exotérmicos, são seres vivos cuja temperatura interna é sensivelmente constante apesar das grandes diferentes temperaturas que podem ocorrer no meio ambiente. Estes indivíduos apresentam mecanismos de termorregulação que permitem manter a temperatura de limites estreitos apesar das variações externas. Estes mecanismos são fisiológicos e podem aumentar ou diminuir a produção de calor interno, actuando ao nível do metabolismo e da contracção muscular. Para isto acontecer, certas espécies animais recorrem à hibernação nos meses de Inverno, visto que nestes meses a temperatura pode chegar a graus negativos, e outros recorrem à estivação no Verão, em especial nos desertos. Assim a temperatura do seu corpo baixa e a velocidade metabólica diminui.
O outro mecanismo pode aumentar ou diminuir as perdas de calor para o ambiente. Dentro deste mecanismo a grande pelagem e pequenas orelhas da raposa-do- -ártico faz com que esta perca pouco calor para o ambiente.
Nos seres humanos a temperatura a que se mantem o interior do corpo destes é de cerca de 37ºC. No caso dos Homens, o responsável pela manutenção da temperatura normal do corpo é o hipotálamo pois o aquecimento ou arrefecimento desta zona leva a que haja um aumento ou diminuição da perda de calor. E para além disto é o hipotálamo que vai comandar o resto do organismo a actuar de forma correcta: os nervos da pele ao sentirem uma variação da temperatura, enviam um estímulo ao hipotálamo; este ao receber o estímulo vai comandar o corpo a activar certas funções, como por exemplo, a contracção dos músculos esqueléticos e os capilares sanguíneos
Assim pode ver-se que os métodos utilizados para regular a temperatura corporal nos seres endotérmicos são transpiração; dilatação/contracção dos capilares sanguíneos; contracção dos músculos esqueléticos.
Nascentes Termais em Portugal
Estão inventariadas 52 ocorrências deste tipo, que representam as águas inventariadas como recursos geológicos e/ou utilizadas como tratamento termal, e estão largamente espalhadas por Portugal Continental, sendo a sua distribuição pelo território desigual, embora se observe uma predominância na zona Norte devido às suas características geológicas e estruturais que a distinguem das restantes zonas, como a existência de várias falhas activas. As nascentes termais localizam-se principalmente no Maciço Hespérico e nas Orlas Meso-Cenosóicas Ocidental e Meridional, relacionadas com falhas activas e/ou diapiros salinos, que enriquecem a água em cloretos, sulfatos, sódio e cálcio. O potencial geotérmico de Portugal encontra-se relacionado com aspectos essencialmente tectónicos, que favorecem a ascenção rápida dos fluidos, que assim sobressaem dos valores regionais de gradiente geotérmico.
Do ponto de vista químico, são frequentes as águas bicarbonatadas e cloretadas, predominantemente sulfúreas, caracterizadas pela presença de formas reduzidas de enxofre, elevados teores em sílica e de ião flúor e pH elevados. As águas do Maciço Hespérico são principalmente bicarbotadas ou cloretadas, apresentando pH superior a 8, as águas da Orla Meso-Cenosóica Ocidental são cloretadas/bicarbonatadas sódicas, com pH próximo da neutralidade, e as águas da Orla Meridional podem ser bicarbonatadas, sódicas ou cálcicas.
Este tipo de águas é utilizado em termas para balneoterapia, no tratamento de doenças que afectam a pele, ossos, aparelho respiratório, digestivo, etc., e para aquecimento, verificando-se assim o aproveitamento da energia geotérmica a elas associada.
quinta-feira, junho 05, 2008
Evolução Biológica: Qual é o sentido da evolução?
Começou-se por tentar clarificar os conceitos inerentes ao tema, nomeadamente os conceitos de evolução, de evolução convergente e de evolução divergente.
A Evolução Biológica é entendida como consistindo no processo de transformação genética das espécies e consequente formação de novas espécies, em resultado da adaptação a meios em mudança contínua. A evolução é considerada convergente quando pressões selectivas semelhantes originam adaptações semelhantes em grupos taxonómicos não relacionados e é considerada divergente quando pressões selectivas diferentes levam a que uma ou mais populações relacionadas apresentem estruturas homólogas.
Darwin propôs a teoria da evolução através da selecção natural, teoria que veio a ser mais tarde apoiada mais tarde por novos dados científicos, constituindo o Neodarwinismo. Esta teoria assenta no conceito de variabilidade genética, a qual determina a existência de grande diversidade de combinações genéticas. Quando há alterações do meio, o mecanismo de selecção natural permite seleccionar as combinações genéticas mais aptas, desaparecendo as que têm menos capacidade adaptativa. Este processo leva à formação de novas espécies, com uma constituição genética própria.
A análise de diversos exemplos de percursos evolutivos, uns no sentido de uma complexidade crescente, outros subitamente interrompidos apesar de se tratar de espécies com elevado grau de complexidade e à partida com capacidade adaptativa,levam-nos a concluir que a evolução não apresenta um sentido definido. Na verdade, tudo indica que esta ocorre ao acaso, segundo as condições do meio que definem se uma espécie é mais ou menos apta, independentemente da sua complexidade. Para além disso, as mutações genéticas, que desempenham um importante papel na diversidade genética e, consequentemente na evolução, também opcorrem ao acaso.
Bibliografia:
GOULD, Stephen Jay, A Vida é Bela, Gradiva, 1º edição, Abril 1995
http://biovalsassina.blogspot.com/2006_02_01_archive.html (consultado a: 22.05.08)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o (consultado a: 25.05.08)
http://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-ar/introducao.htm (consultado a: 28.05.08)
Inês Serrão, 11º 1A
segunda-feira, maio 05, 2008
Aluno do Colégio em segundo lugar nas Olimpíadas de Biotecnologia 2007/08
A final decorreu hoje, dia 5/5/08, na Escola Superior de Biotecnologia, no Porto.
quinta-feira, maio 01, 2008
Aluno do Colégio Valsassina apurado para a Final Nacional das Olimpíadas de Biotecnologia 07/08
A prova realizar-se-á no próximo dia 5 de Maio na Escola Superior de Biotecnologia, no Porto.
Para mais informações consultar: http://www.esb.ucp.pt/twt/olimpiadasbio/
quinta-feira, abril 10, 2008
2ª Eliminatória das Olimpíadas de Biotecnologia 2007/08
- Pedro Manuel Silva (17)
- Joana Magalhães da Silva (16)
- Ana Filipa Louro (14)
- Guilherme Fonseca (14)
- António Grilo (13)
- João Pedro Palma (13)
- Gonçalo Pinto (12)
- Vera Carvalho (11)
- Miguel Pereira da Silva (10)
- Felipe Blauth (10)
- As pontuações apresentadas referem-se apenas às questões de escolha múltipla (máx. 20).
- A pergunta de desenvolvimento será corrigida pela organização.
- O apuramento para a final é da responsabilidade da organização das Olimpíadas de Biotecnologia. Segundo o regulamento, serão admitidos à final os concorrentes que tenham obtido as melhores pontuações a nível nacional.
- A Final está agendada para 5 de Maio.
- Para mais informações consultar o regulamento em http://www.esb.ucp.pt/olimpiadasbio/
quinta-feira, março 27, 2008
Semana Internacional do Cérebro 2008 - DeCiDe
quarta-feira, março 19, 2008
2ª Eliminatória das Olimpíadas de Biotecnologia
- Ana Filipa Louro, 11º1A
- António Grilo, 12º 1A
- Felipe Blauth, 11º 1A
- Gonçalo Pinto, 11º 1A
- Guilherme Fonseca, 11º 1A
- Joana Magalhães da Silva, 11º 1A
- João Pedro Palma, 11º 1A
- Mariana Fragoso, 11º 1B
- Miguel Pereira da Silva, 11º 1B
- Pedro Manuel Silva, 12º 1A
- Sara Porto, 11º 1A
- Vera Carvalho, 12º 1A
Para mais informações carregar aqui.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Ciclo de conferências: Na Fronteira da Ciência
Desconhece-se ainda o papel dos aglomerados proteícos na doença, sendo possível que tenham efeitos nocivos ou, pelo contrário, protectores, sendo esta uma questão fundamental nesta área de investigação.
A levedura Saccharomyces cerevisiae está entre os organismos modelo mais utilizados em laboratório, tendo tido um papel crucial na elucidação de processos biológicos complexos envolvidos em cancro, morte celular, transporte intracelular, e no controlo de qualidade das proteínas.
No laboratório exploramos as leveduras e outros organismos modelo para estudar a base molecular das doenças neurodegenerativas e assim descobrir novas vias envolvidas na biologia das proteínas associadas com as diferentes doenças.
Várias ferramentas moleculares, como proteínas fluorescentes, permitem observar fenómenos biológicos em células ou organismos vivos, sendo assim possível estudar os processos em tempo real. Novos avanços tecnológicos têm também permitido utilizar proteínas que se pensavam nocivas para aplicações sofisticadas, que nos podem abrir novas portas no futuro para melhorar as condições de vida.
1ª Eliminatória das Olimpíadas de Biotecnologia 07/08
- 11º 1A - JOANA MAGALHÃES DA SILVA (20)
- 12º 1A - ANTÓNIO LIMA GRILO (20)
- 12º 1A - VERA SOFIA CARVALHO (20)
- 12º 1A - PEDRO MANUEL SILVA (19)
- 11º 1A - JOÃO PEDRO PALMA (18)
- 11º 1A - ANA FILIPA LOURO (17)
- 11º 1B - MARIANA FRAGOSO (17)
- 11º 1A - FELIPE LINS BLAUTH (15)
- 11º 1A - GONÇALO PINTO (15)
- 11º 1A - SARA PORTO (15)
- 11º 1A - GUILHERME FONSECA (14)
- 11º 1A - MIGUEL PEREIRA DA SILVA (14)
- 11º 1A - ISABEL CARDOSO PINTO (13)
- 11º 1A - INÊS SERRÃO (13)
- 11º 1B - MARIANA CLARO (13)
- 11º 1A - MIGUEL SELEIRO (13)
- 11º 1B - SOFIA MATOS (13)
- 11º 1A - CARLOS RUIVO (12)
- 11º 1A - RITA TAVARES (12)
- 11º 1B - DIOGO MARQUES (11)
- 11º 1B - TERESA BRAGA (11)
- 11º 1A - ANA RITA MATIAS (10)
- 11º 1A - ANDRÉ DIAS CORREIA (8)
Os resultados apresentados referem-se apenas à parte das questões de escolha múltipla (pontuação máxima: 20). As questões de desenvolvimento serão corrigidas pela organização das OB.
Para mais informações sobre esta competição carregar aqui.
terça-feira, fevereiro 05, 2008
quarta-feira, janeiro 23, 2008
O Darwinismo e a "Mão Invisível"
A Natureza, ou seja, o enorme e complexo conjunto de seres existentes na Terra, criam condições novas ou apenas mantêm-se, as quais justificam a inconstância do conceito de mais apto, sugerido pela teoria de Charles Darwin. Todas as evoluções, desde que os primeiros seres vivos apareceram, dependeram e dependem das circunstâncias a que estes estão sujeitos, ou passam a estar sujeitos.
Para Darwin, ao contrário do que Lamarck afirmava, não só as mudanças de ambiente provocam esse mecanismo de evolução, mas o próprio ambiente em si, e as condições que este impõe ao longo do tempo a todos os seres que habitam este planeta. Mas também afirma que só é possível haver evolução se já houver uma predisposição para que esta ocorra. Estou a falar da variabilidade inter e intra-específica. É preciso ver que o Darwinismo também tem em conta o tempo, factor que aliado à variabilidade intra-específica e à reprodução, gera esse mecanismo chamado evolução.
De uma maneira muito resumida, a evolução é a forma como uma ou mais espécies progridem ao longo do tempo, que pode ser avaliada pelo tamanho relativo das suas populações. Todo o habitat tem as suas características, que ditam qual o ser vivo que mais se adequa aquele lugar, isto é, o mais apto; aquele que tem mais condições naturais para sobreviver, alimentar-se e reproduzir-se. Isto é nada mais, nada menos, do que a Selecção Natural.
Mas o problema com que nos defrontamos é que esta evolução era mesmo natural, até que o Homem, com as suas ambições de poder e domínio de terras e bens, tornou esta evolução de certa forma artificial, gerada pelo próprio Homem. Isto seria vantajoso, se não fosse por esta evolução ter tomado proporções desmedidas tal que o Homem já não as consegue controlar.
Temos como exemplo a proporção do crescimento populacional de 100 milhões de anos, após a era glaciar, e a dos últimos 10 milhões de anos. Tanto para um como para o outro, o aumento foi de mil vezes a população original. Mais impressionante é o que os números nos mostram acerca dos últimos 200 anos. Em 1830 a população humana terrestre atingiu os primeiros mil milhões, e hoje regista o incrível valor de 6 milhões de habitantes!
A este passo, é difícil prever como é que iremos sustentar as nossas necessidades. As necessidades deste número sem fim previsto, que cada vez consome mais e mais. Os seres vivos sempre foram dependentes da quantidade de recursos naturais disponíveis. Sempre assim funcionou, até que o Homem conseguiu usá-los de uma maneira muito mais eficiente que qualquer espécie, e estes recursos em massa implicaram um crescimento em massa da população humana. O crescimento continuou, e ainda continua, a um ritmo indescritível, mas os recursos têm os seus dias contados.
Tudo isto terá grande parte no futuro do nosso planeta e da sua biodiversidade. Quando falamos do impacto do Homem, não só falamos da exploração excessiva de recursos, como também tratamos de assuntos como poluição, destruição de habitats e todos as outras coisas que isto implica, tal como o aumento do efeito de estufa e o aquecimento global. Se não houver uma mudança drástica na mentalidade das pessoas, não só fazê-las saber, mas também actuar, o futuro do nosso planeta, e consequentemente o nosso futuro e o de todas as outras espécies que conhecemos hoje, terá um final trágico.
Em 1776, Adam Smith introduz o termo “Mão Invisível”, em “A riqueza das nações”, para explicar o que é que coordenava as relações entre indivíduos numa economia de mercado sem uma entidade identificável que fosse coordenadora destas relações. Em 2002, num texto de opinião no Jornal de Letras, João Caraça adapta este termo para a dimensão biológica, dizendo que “é tempo de darmos uma ajuda à mão invisível biológica que faz pulsar a nossa espécie, reconhecendo-nos mutuamente, interpretando o passado histórico e preparando o futuro, colectivo e planetário”. Compara ainda, que caso contrário, teremos de olhar para o espaço tal como os seres humanos de há 110 mil milhões de anos atrás tiveram de olhar para as montanhas, a única escapatória para a subida do mar.
“A alteração climática que experimentamos indica que uma bifurcação se aproxima. Sabemos que, na evolução das espécies, não há repetições, nem se pode voltar atrás. Precisamos de engendrar novas soluções” Acaba assim o texto de João Caraça. À medida que o tempo passa, estamos cada vez mais perto de uma nova mudança na evolução da nossa espécie, e se queremos continuar tal como nos conhecemos, é necessário voltarmos 50 anos atrás no tempo e regredir na nossa evolução, para não continuarmos a forçar o limite do planeta e cairmos no erro de voltarmos, não 50, mas milhares de milhões de anos atrás. Se realmente temos poder sobre a Selecção Natural, se realmente podemos controlar a Mão Invisível, então somos capazes de controlar o nosso destino e principalmente o destino do planeta onde habitamos.
terça-feira, janeiro 22, 2008
Gritos de alarme...
Aos que defendem a urgência de uma efectiva preservação da biodiversidade no nosso planeta poder-se-á objectar que a História da Terra está repleta de extinções. A vida está constantemente em mudança. Algumas espécies desaparecem; outras, melhor adaptadas, desenvolvem-se. Porque havemos hoje de recusar a ideia de que as espécies desaparecem? Não será essa uma das leis da natureza?
É certo que o número de espécies tem mudado ao longo do tempo. A Evolução, obrando durante milhares de milhões de anos, faz com surjam constantemente novas espécies enquanto outras desaparecem.
As extinções, ocorridas em períodos geológicos de cataclismos (colisões de meteoritos, vulcanismo à escala planetária), bem como devido a perturbações de várias ordens como as alterações climáticas, são posteriormente “compensadas” com a chegada de novas espécies, mais aptas, alimentando-se deste modo o processo evolutivo.
Desde há aproximadamente dez mil anos, com o surgimento da agricultura e do pastoreio, que o Homem causou inúmeras extinções. A partir da Revolução Industrial o ritmo de perda de biodiversidade sofreu um enorme e cada vez maior crescimento.
Pode estabelecer-se uma relação entre a situação actual e a enorme catástrofe biológica ocorrida há sessenta e cinco milhões de anos. Por essa altura, um meteorito de grandes dimensões entrou em rota de colisão com a Terra e em bateu na região do México. Os efeitos foram aterradores. O impacto provocou a libertação de uma quantidade de energia correspondente a centenas de milhões de bombas atómicas. Pensa-se que esta colisão terá levado à extinção dos grandes répteis, como os dinossauros, assim como mais de 50 % das espécies da Terra. O impacto foi muito breve: poucos segundos para a colisão, inúmeros decénios para as consequências biológicas e climáticas.
Em Geologia chama-se “Era Secundária” ao período de tempo que precede estes fenómenos e “Era Terciária” ao que se lhes seguiu, distinção cronológica que tem origem precisamente na grande diferença entre os fósseis anteriores e posteriores àquela data. Os mamíferos, cuja origem remontava já há mais de uma centena de anos, tiveram a partir daí um desenvolvimento extraordinário, que levou então à aparição dos primeiros primatas, dos hominídeos e posteriormente do Homo Sapiens.
Posto que vivemos actualmente grandes convulsões cujas consequências podem ser comparadas às que provocaram este virar de página na História da Terra, a crise contemporânea é muitas vezes denominada “sexta extinção” devido ao facto de vivermos num período de galopante e muito preocupante taxa de desaparecimento de espécies. A acção do homem é apontada como a grande causa para este desastre. As alterações climáticas são um dos mais graves problemas com que o planeta já se debateu e já foram apelidadas como o maior desafio do século XXI. Nunca a concentração de gases com efeito de estufa foi tão grande e com a mudança climática descontrolada podem surgir verdadeiras catástrofes de várias ordens porque os ecossistemas e as espécies não são capazes de aguentar uma mudança climática rápida
Calcula-se que actualmente a taxa anual de extinções seja, 1000 vezes maior que a anterior à era industrial e que mais de 30 % das espécies possão ter desaparecido em 2050, sem nenhuma garantia de que o fenómeno pare aí.
Assim, a selecção natural ou persistência do mais apto, defendida por Darwin em A Origem das Espécies, representa o processo pelo qual se dá a “conservação das diferenças e das variações individuais favoráveis e à eliminação das variações nocivas”. No entanto, segundo alguns defensores do neodarwinismo, Darwin cometeu um erro ao afirmar que “estas transformações [são] lentas e progressivas”. Pelo contrário, e uma vez que a Evolução se processa por meio da extinção dos indivíduos com características menos favoráveis, então o ritmo de evolução é fruto do acaso e não gradual, dependendo apenas das adaptações dos seres vivos relativamente ao meio em que habitam. Deste modo, as alterações climáticas poderão ser consideradas, actualmente, o principal agente no mecanismo da Evolução.
Bibliografia:
REEVES, Hubert; LENOIR, Frédéric . A Agonia da Terra . Gradiva Publicações . 2006
A mão invisível: o papel das alterações climáticas no processo de selecção natural
No essencial, o conceito defende que pequenas diferenças, aleatórias e hereditárias, entre vários indivíduos resultam em possibilidades diferentes de sobrevivência e reprodução: sucesso para alguns, morte sem descendência para outros. O mecanismo é simples: os indivíduos que, num determinado espaço e tempo, possuem caracteres mais favoráveis, têm maior probabilidade de sobreviver e de os transmitir à geração seguinte. Esta eliminação selectiva natural conduz a mudanças significativas na forma, dimensão, defesa, cor, bioquímica e comportamento dos respectivos descendentes.
Parafraseando Darwin, “pode dizer-se, metaforicamente, que a selecção natural procura, a cada instante e em todo o mundo, as variações mais ligeiras; repele as que são nocivas, conserva e acumula as que são úteis; trabalha em silêncio, insensivelmente, por toda a parte e sempre, desde que a ocasião se apresente para melhorar todos os seres organizados relativamente às suas condições de existência orgânicas e inorgânicas. Estas transformações lentas e progressivas escapam-nos até que, no decorrer das idades, a mão do tempo as tenha marcado com o seu sinete e então damos tão pouca conta dos períodos geológicos decorridos, que nos contentamos em dizer que as formas viventes são hoje diferentes das que foram outrora.”
As rápidas alterações climáticas registadas nas últimas décadas estão, no entanto, a perturbar este processo. Se é um facto incontestável que variações bruscas no clima são uma constante na história do planeta, é também verdade que essas modificações se processam hoje a um ritmo constante, repetido, e não cíclico, causando, por isso, perturbações nos ecossistemas, e agravando o estado de espécies atingidas por outros factores negativos, como a perda de habitat, a poluição ou a introdução de espécies invasoras.
Tal é o caso dos recifes de coral que, estando já afectados pelas contínuas pressões causadas pela poluição e destruição por embarcações, atingem agora o limiar de tolerância em termos do aumento da temperatura da água. O contínuo aquecimento das águas pode traduzir-se na extinção dos recifes, caso não sejam encontradas colónias resistentes à subida de temperatura.
Um estudo publicado pela revista Nature (2004) sobre os possíveis impactos de um cenário de alterações climáticas moderadas em 1.103 espécies de mamíferos, aves, anfíbios, répteis, borboletas e outros invertebrados, em seis zonas ricas em termos de biodiversidade, mostrou que 15 a 37% dessas espécies poder-se-ão extinguir até 2050. Segundo Lee Hannah, um dos co-autores, o “estudo mostra que as alterações climáticas são a maior ameaça à biodiversidade”, isto porque aceleram o processo de selecção natural, determinado por modificações ambientais antropogénicas, tornando-o quase ininterrupto. As alterações no meio tornam-se tão bruscas e extremas, que dificilmente são encontrados indivíduos mais aptos ao novo clima, traduzindo-se no desaparecimento de espécies, com consequente perda de biodiversidade.
De acordo com o UICN (Congresso da União Internacional para a Conservação da Natureza), realizado na Tailândia, pelo menos 27 espécies foram extintas nos últimos 20 anos, evolução que, de outro modo, demoraria muito mais tempo.
O clima – ou a sua ruptura, tal como o conhecíamos – transformou-se no tema “quente” do momento, e a necessidade de acção para prevenir um desastre irreparável parece imergir finalmente como prioridade mundial. Cada vez mais as alterações climáticas são um factor invisível, uma mão que se interpõe no “pulsar” biológico.
Citando Jeffrey McNeely, “cada vez que perdemos uma espécie, estamos a cortar uma cadeia de vida que evoluiu há 3,5 mil milhões de anos”.
Bibliografia:
Darwin, C. A Origem das Espécies; Lello e irmão editores, Porto. 505pp.
Gallavotti, B. (2002); Segredos da vida; Asa editores, Portugal, 95pp.
Dias da Silva, A; Gramaxo, F; Santos, M.E; Mesquita, A.F; Baldaia, L; Félix, J.M. (2007); Terra, Universo de Vida, 1ªparte; Porto Editora, Portugal. 192pp.
www.ambienteonline.pt (20.12.07)
www.quercus.pt (22.12.07)
www.ecosfera.publico.pt (20.12.07)