Organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos cujo material genético (ADN) foi modificado de um modo que não ocorre naturalmente quer por multiplicação quer por recombinação natural. Esta alteração é produzida através de técnicas de engenharia genética que permitem transferir para o genoma de um organismo um ou mais genes de outra espécie que lhe atribuem uma nova característica.
A história dos OGM remonta a 1973 com a identificação do plasmídeo Ti da bactéria Agrobacterium tumefaciens que permite acolher o gene portador do carácter procurado que está em condições de introduzir no genoma de uma planta. A partir daí foram inúmeros os desenvolvimentos da produção e do consumo de OGM desde a obtenção da primeira planta transgénica em 1983, passando pela comercialização de plantas geneticamente modificadas em 1990 até à etiquetagem dos produtos com OGM em 1998, entre muitos outros acontecimentos.
A produção de OGM processa-se do seguinte modo: identificação de gene d interesse numa determinada espécie; isolar o referido gene do ADN; incorporação do gene numa sequência de ADN uma vez que uma determinada sequência de genes só pode ter expressão se estiver inserido no ADN; produzir várias réplicas do ADN que contém o gene de interesse; incorporar esse ADN numa célula receptora o que faz com que haja uma transformação de uma espécie noutra (a transgénica) ao receber um novo ADN que vai ser replicado; validação dos resultados da expressão do gene que no início foi retirado; caracterização da expressão do gene. Após a fase de testes e com a certeza da expressão do novo gene então este irá ser incorporado numa variedade comercial de modo a ser produzido em grande escala.
Os OGM são produzidos e comercializados porque supostamente existe alguma vantagem para o produtor ou consumidor nestes alimentos como baixo preço, o valor nutricional e a durabilidade.
São inúmeras as aplicações dos OGM. Ao nível da saúde destaca-se a investigação de doenças mediante caracterização genética, a produção de vacinas e medicamentos e o reconhecimento de genes alergénicos. Quanto à produtividade agrícola as vantagens são a maior resistência a agentes externos, alimentos básicos mais nutritivos e os animais de quinta mais produtivos. No que ao ambiente diz respeito destacam-se as aplicações ao nível da produção de maior quantidade de alimento em menor área de terreno, de biocombustíveis, da reabilitação de terras pouco férteis e da melhoria da conservação dos produtos obtidos.
Não obstante, a produção de OGM acarreta também grandes riscos como a possibilidade de contaminação genética da biodiversidade, o aumento da resistência a antibióticos e aparecimento de novos vírus, poluição ambiental, extinção de espécies animais e vegetais, alteração das características do solo, entre muitos outros.
Em suma, sem menosprezar a importância do acompanhamento de todas as implicações possíveis, nomeadamente na saúde e no ambiente no imediato e a longo prazo, o balanço da introdução desta tecnologia é positivo, justificando-se todos os esforços desenvolvidos e a desenvolver neste tão promissor campo da Ciência.
A história dos OGM remonta a 1973 com a identificação do plasmídeo Ti da bactéria Agrobacterium tumefaciens que permite acolher o gene portador do carácter procurado que está em condições de introduzir no genoma de uma planta. A partir daí foram inúmeros os desenvolvimentos da produção e do consumo de OGM desde a obtenção da primeira planta transgénica em 1983, passando pela comercialização de plantas geneticamente modificadas em 1990 até à etiquetagem dos produtos com OGM em 1998, entre muitos outros acontecimentos.
A produção de OGM processa-se do seguinte modo: identificação de gene d interesse numa determinada espécie; isolar o referido gene do ADN; incorporação do gene numa sequência de ADN uma vez que uma determinada sequência de genes só pode ter expressão se estiver inserido no ADN; produzir várias réplicas do ADN que contém o gene de interesse; incorporar esse ADN numa célula receptora o que faz com que haja uma transformação de uma espécie noutra (a transgénica) ao receber um novo ADN que vai ser replicado; validação dos resultados da expressão do gene que no início foi retirado; caracterização da expressão do gene. Após a fase de testes e com a certeza da expressão do novo gene então este irá ser incorporado numa variedade comercial de modo a ser produzido em grande escala.
Os OGM são produzidos e comercializados porque supostamente existe alguma vantagem para o produtor ou consumidor nestes alimentos como baixo preço, o valor nutricional e a durabilidade.
São inúmeras as aplicações dos OGM. Ao nível da saúde destaca-se a investigação de doenças mediante caracterização genética, a produção de vacinas e medicamentos e o reconhecimento de genes alergénicos. Quanto à produtividade agrícola as vantagens são a maior resistência a agentes externos, alimentos básicos mais nutritivos e os animais de quinta mais produtivos. No que ao ambiente diz respeito destacam-se as aplicações ao nível da produção de maior quantidade de alimento em menor área de terreno, de biocombustíveis, da reabilitação de terras pouco férteis e da melhoria da conservação dos produtos obtidos.
Não obstante, a produção de OGM acarreta também grandes riscos como a possibilidade de contaminação genética da biodiversidade, o aumento da resistência a antibióticos e aparecimento de novos vírus, poluição ambiental, extinção de espécies animais e vegetais, alteração das características do solo, entre muitos outros.
Em suma, sem menosprezar a importância do acompanhamento de todas as implicações possíveis, nomeadamente na saúde e no ambiente no imediato e a longo prazo, o balanço da introdução desta tecnologia é positivo, justificando-se todos os esforços desenvolvidos e a desenvolver neste tão promissor campo da Ciência.
Joana Magalhães da Silva, 11º 1A
1 comentário:
De facto, os OGMs têm algumas vantagens (devidamente enunciadas no texto) que os tornam apetecíveis para muitas pessoas.
Julgo que te esqueceste de mencionar que a produção agrícola com recurso a OGMs colocaria em risco:
a) os pequenos agricultores (especialmente os dos países menos desenvolvidos), já que as semeentes geneticamente modificadas são patenteadas e, por conseguinte, fazem com que os produtores fiquem muito dependentes das companhias que possuem estes organismos, tendo que adquirir anualmente as ditas sementes;
b) a estabilidade do mercado dos produtos alimentares, não numa situação como a actual (em que a procura é superior à oferta), mas sim num caso de produção excedentária, em que a oferta superior à procura destes produtos levaria à descida do preço dos mesmos e ao consequente desregulamento do mecanismo de mercado.
c) os produtores agrícolas que não adiram às culturas geneticamente modificadas, devido à contaminação genética mas também graças à incomparável produtividade de umas culturas e de outras.
d) a saúde pública, ainda que as consequências para os Homens ainda não tenham sido devidamente apuradas (ainda que já tenham sido realizados vários estudos com resultados diferentes, consoante a empresa que os encomendou, e haja registo de casos de trabalhadores cujo estado de saúde ficou debilitado após cultivarem OGMs).
Sem mais nada a acrescentar e esperando continuar a discussão, despeço-me atenciosamente.
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