As leveduras têm uma grande importância na nossa vida, como por exemplo a capacidade de “produzir” os nossos alimentos e/ou criar antídotos para as nossas doenças. Serão os seus benefícios superiores às suas desvantagens?
As leveduras são fungos que se apresentam predominantemente sob a forma unicelular. Como células simples, reproduzem-se e crescem mais rapidamente do que os bolores. A sua multiplicação necessita de energia, que provém da degradação da glicose. São diferentes das algas pois não realizam fotossíntese, e não são protozoários pois possuem uma parede celular rígida.
A reprodução mais predominante é a assexuada, por gemulação. Esta ocorre da seguinte maneira: desenvolve-se uma pequena saliência na célula-mãe vai desenvolver-se por processos mitóticos, mais tarde essa saliência separa-se da célula-mãe, tornando-se numa nova célula.
A respiração das leveduras é anaeróbia facultativa, dependendo do ambiente em que se encontra; ou seja se existe oxigénio suficiente ou não. Neste caso, o modo de obter energia, dependendo da quantidade de oxigénio, pode ser a Fermentação ou a Respiração Aeróbia.
São diferenciadas das bactérias por causa da suas grandes dimensões e das propriedades morfológicas. São diferenciadas umas das outras devido às suas características fisiológicas. Existe aproximadamente 350 espécies diferente de leveduras, separadas em cerca de 39 géneros.
O habitat ideal para as leveduras é o que tem alto teor de açúcar, como frutas, flores ou cascas de árvores.
As leveduras são utilizadas em vários meios:
- Na fermentação alcoólica onde há fabricação de vinhos, cervejas e fermentos; (as leveduras utilizadas são: Saccharomyces cerevisiae, S. ellipsoideus e S. Calbergensis). As leveduras degradam a glicose, transformando-a
- Na produção de iogurtes, e queijos, as leveduras produzem ácido láctico. As leveduras degradam a glicose, o ácido pirúvico é descarboxilado e transformado em ácido láctico.
- As leveduras, também são importantes fontes de proteína e de factores de crescimento, passíveis de serem utilizadas na alimentação animal e, mesmo, humana.
Muitas espécies de fungos têm sido testadas e utilizadas para a produção de substâncias de interesse industrial ou médico. O etanol, ácido cítrico, aminoácidos, vitaminas, nucleotídeos e polissacarídeos são exemplos de metabólicos primários produzidos por fungos, enquanto que os antibióticos constituem importantes metabólicos secundários.
Novos aspectos biotecnológicos têm sido explorados, inclusive de carácter ambiental, ou seja, os fungos podem actuar como agentes benéficos à melhoria do meio ambiente: Tratamento de resíduos líquidos e biorremediação de solos poluídos; mineralogia e biohidrometalurgia; produção de biomassa, incluindo proteína comestível; tecnologia de combustíveis, particularmente na solubilização de carvão; e emprego em controle biológico
Apesar de todos os benefícios das leveduras, elas por vezes não são tão nossas amigas. Podem provocar doenças dolorosas, como micoses, rinites, bronquites e asma; e manifestarem-se como pragas nos meios de agricultura, como nas frutas e nas plantas, visto que são atraídas por meios com açúcar. É por esta razão que as leveduras se enquadram no símbolo de perigo biológico.
As micoses são infecções na pela, unhas, ou outros sítios húmidos, provocadas pelos fungos. O nosso organismo está em equilíbrio com esses fungos, visto que estes residem na parte das células mortas da nossa pele. Por vezes abre-se uma “porta” para dentro do organismo, o fungo entra e gera uma infecção.
As pragas tanto podem ser a nível da folha ou do fruto, os fungos entram e “comem” ou degradam tudo à sua volta.
Em suma, as leveduras são essenciais no nosso dia-a-dia, a sua utilização tem vindo aumentar devido às novas investigações no âmbito da ciência. Graças a elas, produzimos alimentos e medicamentos, e combatemos a poluição, entre muitas outras coisas. Contudo, a negligência face à utilização indiscriminada das leveduras poderá levar a um surte de doenças provocadas por elas.
Gostaria de salientar, através do exemplo das leveduras, que devemos compreender e respeitar a natureza, pois esta é, creio, a única forma de assegurarmos a nossa continuidade neste Planeta como seres no Ciclo da Vida.
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