No final do século XIX, Charles Darwin, um naturalista inglês, apresentou a teoria da selecção natural de modo a fundamentar os mecanismos da evolução dos seres vivos. E com esta publicou alguns livros, onde mencionou diversos conceitos relativos à sobrevivência de cada espécie, os quais se baseavam nas mais diversas ciências. Tempos mais tarde, esta mesma teoria foi reformulada, com o avanço da genética, dando origem ao Neodarwinismo.
Como palavra-chave destas teorias, temos a selecção natural que ao longo das gerações, conduziu à selecção de características dentro da variabilidade, que no seu conjunto poderiam formar ou não uma nova espécie. Assim a selecção natural pode levar a um aumento da biodiversidade existente no planeta, e entenda-se por biodiversidade a multiplicidade de espécies que habitam na Terra.
Contudo também é necessário que haja reprodução por parte dos seres vivos, capazes de originar descendentes férteis, de modo a que a espécie continue a existir.
Assim há que destacar dois tipos de selecção, que são aplicados a quase todos os seres vivos. A selecção natural, na qual só os indivíduos mais dotados relativamente a determinadas condições do ambiente sobrevivem. Sendo um luta pela sobrevivência – sobrevivência do mais apto em cada instante. E a selecção sexual, na qual só os indivíduos de um sexo, geralmente os machos, tentam assegurar a posse do outro sexo. Sendo uma luta pela descendência – reprodução diferencial.
O segundo tipo de selecção apenas ocorre em seres vivos que tenham uma reprodução sexuada, onde cada descendente é resultado de uma fecundação, isto é, surge da fusão de duas células reprodutoras, os gâmetas, que geralmente têm origem em dois indivíduos diferentes. Somente poderá ser realizado por este tipo de seres, uma vez que esta selecção provém de rituais de acasalamento feitos por um indivíduo de um sexo, que tenta seduzir o de o sexo oposto. Logo, chamamos rituais de acasalamento às estratégias de sedução utilizadas pelo macho ou pela fêmea de uma determinada espécie, para assegurar a posse do outro sexo. Estes rituais têm como fim, o acasalamento, podendo ser esta procriação de 4 tipos:
- Poliginia – sistema de acasalamento em que um macho acasala com várias fêmeas
- Poliandria – sistema de acasalamento em que a fêmea acasala com vários machos
- Poliginandria – sistema de acasalamento em que várias fêmeas acasalam com vários machos
- Monogamia – sistema de acasalamento em que um macho acasala com uma fêmea
Algumas espécies, e especialmente no caso dos machos (os quais têm um papel mais activo e exibicionista na corte sexual), são dotados naturalmente de algumas características que os beneficiam em termos da corte à fêmea, dado que chamam a atenção destas sobre eles – digamos que são sinais que indicam à fêmea de que esta está inequivocamente perante um macho e que este está disponível (predisposto) para o acto sexual.
Acredita-se, portanto, que as fêmeas ou os machos, ao decidirem com quem vão acasalar, procuram sinais que evidenciem a presença de “bons genes” para aumentar as possibilidades dos seus filhos adquiram essas defesas. Ao mesmo tempo, espera-se que machos ou fêmeas possuidores de bons genes façam ”propaganda” disso. Assim, cores vistosas, exibições atléticas prolongadas, características físicas desenvolvidas, cantos elaborados e bons combates físicos podem ser vistos como ‘propagandas genéticas’ que sinalizam as qualidades relativas entre potenciais parceiros reprodutivos.
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