segunda-feira, junho 04, 2007

As bactérias ...

As bactérias são os mais pequenos e mais antigos organismos conhecidos, tendo sido descobertas no século XVII, após a invenção do microscópio. Mas só no século XIX, graças ao químico francês Louis Pasteur, se conseguiu concluir que são causadoras de muitas doenças. As bactérias encontram-se por todo o lado e não são somente agentes causadores de doenças (bactérias patogénicas) mas também podem revelar-se insubstituíveis na manutenção do equilíbrio ecológico.
Na verdade a maior parte das bactérias com as quais convivemos são benéficas. Desempenham tarefas importantes para o organismo, ajudando por exemplo, na digestão de alimentos, como açúcares e fibras, e sintetizando vitaminas que o homem, por si só, não consegue produzir.
Qualquer mudança, levando à ausência ou presença de bactérias benéficas, pode desencadear efeitos no metabolismo e o desenvolvimento de doenças como inflamações intestinais.
De acordo com os cientistas, pelo menos 50% das fezes humanas são constituídas de bactérias que se começam a alojar no intestino pouco depois do nascimento. Na fase adulta, as pessoas convivem com aproximadamente 100 triliões de micróbios, de mais de mil espécies.
São seres vivos unicelulares e procariontes e, ainda que de dimensões reduzidas, são visíveis ao microscópio óptico.
A base primária utilizada na distribuição universal das bactérias é a sua versatilidade de metabolismo. As bactérias podem viver em condições de aerobiose e podem utilizar quase todas as substâncias como fonte de energia.
Nem sempre o meio ambiente é favorável à sobrevivência destes microorganismos. Temperaturas muito altas ou muito baixas podem destrui-los ou inactivá-los. Por vezes, para sobreviverem às más condições ambientais, podem manter-se em latência por períodos bastante longos, sob a forma de esporos.

Acção patogénica:
As bactérias desenvolvem a sua acção patogénica através da produção de enzimas ou de toxinas. As enzimas vão actuar directamente sobre as células vizinhas. As toxinas, que são proteínas tóxicas, subdividem-se em endotoxinas (quando incorporadas na bactéria e apenas prejudicam as células circundantes) e exotoxinas (quando libertadas para fora das bactérias e transportadas pelo sangue vão actuar sobre células distantes do local onde foram produzidas).

Morfologia das bactérias:
Atendendo à forma de como se apresentam podemos dividi-las em:
- Cocos – são esféricas e imóveis. Podem apresentar-se isoladas – cocos -agrupadas.duas a duas – diplococos, em cadeia – estreptococos, em cacho – estafilococos, ou em forma de cubos - sarcina
- Bacilos ou bastonetes – possuem forma alongada e mobilidade própria.
- Vibriões – em forma de vírgula apresentando mobilidade própria.
- Espirilos – em forma de espiral apresentando mobilidade própria.
- Espiroquetas – têm forma ondulante e apresentam mobilidade própria.

Importância ecológica das bactérias:
As bactérias são organismos extremamente adaptáveis e, por isso, capazes de viver em qualquer ambiente da Terra. Estão presentes na atmosfera, até uma altitude de 32 000 metros, e no interior da superfície terrestre, até uma profundidade de 3000 metros. Há ainda espécies que vivem nas fontes quentes das profundidades oceânicas, onde a temperatura ronda os 100°C e a pressão é de 265 atmosferas, enquanto que outras conseguiram adaptar-se a ambientes extremamente ácidos ou alcalinos. Com efeito, as bactérias conseguem abastecer-se da energia de que precisam de formas muito mais variadas do que os organismos superiores. Algumas bactérias conseguem obter os alimentos através da fotossíntese, tal como os vegetais, outras são parasitas e provocam doenças mais ou menos graves tanto nas plantas como nos animais (basta pensar na tuberculose ou na peste, por exemplo), mas a sua maioria alimenta-se de qualquer tipo de substância orgânica.
Ao decomporem todos os produtos dos outros organismos vivos, que doutro modo se extinguiriam, as bactérias permitem a recuperação dos minerais neles contidos. Sem as bactérias, qualquer forma de vida complexa, incluindo o ser humano, desapareceria rapidamente do nosso planeta.
Sara Porto, 10º 1A

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