As alterações climáticas, mais ou menos intensas, têm-se sucedido ao longo do tempo e causado sempre modificações no meio em que ocorrem, modificações essas sempre proporcionais à intensidade das alterações. Os efeitos das alterações climáticas verificam-se constantemente na biodiversidade.
Desde que se começou a pensar que talvez as espécies de seres vivos existentes não fossem imutáveis e que talvez a sua forma actual fosse o produto da evolução de seres vivos primitivos que essas novas adaptações foram atribuídas como sendo propulsionadas, não só mas também, por alterações climáticas.
As grandes extinções em massa, como sendo a extinção dos dinossauros ou a extinção que ocorreu no fim da Idade do Gelo, foram principalmente fruto de alterações climáticas bruscas e intensas. Tudo isto é compreensível se pensarmos que a selecção natural ocorre também por influência do meio.
A selecção natural, princípio desenvolvido originalmente por Charles Darwin e que é a base da Teoria Evolucionista, ocorre por influência do meio. A selecção natural é o processo que resulta na escolha de organismos considerados mais aptos, ocorrendo depois uma sobrevivência diferencial e respectiva reprodução diferencial.
Todas as espécies de seres vivos são constituídas por populações em que os indivíduos não possuem todos os mesmos genes nem os genes que partilham têm a mesma frequência. Tal variabilidade permite que perante determinadas circunstâncias relativas às condições do meio e a um determinado instante no tempo, alguns indivíduos estejam melhor adaptados para o meio que habitam. Esses indivíduos estarão necessariamente mais saudáveis, reproduzir-se-ão mais facilmente e produzirão maior descendência. Assim os genes que possuem e que codificam as suas características, que os favorecem em detrimento de outros indivíduos que não as possuem, são passadas de geração em geração. Assim se dá a redução da frequência de alguns genes ou mesmo ou seu desaparecimento.
Como a noção de indivíduo mais apto é restrita a determinadas condições do meio, se houver uma alteração climática o indivíduo que possui as características que o tornam mais apto passa a ser outro, ou seja, quando o indivíduo A que era o mais apto é confrontado com uma modificação climatérica de qualquer ordem que obrigatoriamente gera uma mudança no meio físico que habita, deixa de ser o mais apto em favor do indivíduo B com características diferentes.
Como as alterações climáticas são constantes e cíclicas a necessidade de adaptação é constante e o conceito de “mais apto” é algo relativo a uma determinada situação e a um determinado momento no tempo. As alterações climáticas podem então ser consideradas o motor da evolução. É a existência de vários meios físicos distintos que justifica a enorme diversidade de seres vivos que observamos e são as alterações climáticas que permitem a evolução das formas dessa grande biodiversidade.
Francisco do Ó Ramos da Silveira 11º 1
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