terça-feira, junho 30, 2015

Entrevista com cientista David Marçal

Doutorado em Bioquímica pela Universidade Nova de Lisboa, em 2008. Fez investigação científica em contexto industrial e académico. Desde 2003 que é autor do Inimigo Público, um suplemento satírico do jornal Público, tendo escrito centenas de textos de humor sobre temas científicos. Desde 2009 que é coordenador dos Cientistas de Pé, um grupo de 'stand-up comedy' com cientistas. É autor de vários espectáculos de teatro sobre temas científicos, alguns deles inicialmente criados para o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Escreveu programas de televisão sobre ciência e é autor do livro "Darwin aos tiros e outras histórias" (Gradiva, 2011). Em 2010 venceu o Prémio Químicos Jovens, promovido pela Sociedade Portuguesa de Química e pela Gradiva e o Prémio Ideias Verdes, promovido pela Fundação Luso e pelo Jornal Expresso. No dia 22 de abril esteve no Valsassina para apresentar uma conferência sobre Pseudociência. Aproveitamos para conhecer um pouco mais sobre este autor.

Quando é que decidiu que queria dedicar-se à Ciência e mais concretamente à Bioquímica?
Se a Bioquímica veio mais tarde, a Ciência começou a interessar-me desde muito jovem, ainda mais jovem do que vocês. Um dos primeiros momentos em que me terei interessado pela Ciência terá sido quando recebi uma caixa de experiências de Química, num Natal. Devia ter uns dez ou onze anos. Fiz as experiências todas. Adorava! Tinha, por exemplo alguns reagentes, e o meu preferido era o sulfato de cobre, porque era azul. Eu achava que, por ser dessa cor, seria mais poderoso. Cheguei a inventar experiências. Injetei sulfato de cobre numa laranja para ver o que acontecia. Acabei por descobrir que nada. Verifiquei que a laranja estava só a apodrecer, que não havia qualquer outro efeito. E descobri que a Ciência tinha um certo poder. Conseguia misturar coisas que não cheiravam a nada e depois de misturadas produziam um cheiro desagradável. Mais tarde resolvi estudar Ciência, porque sempre achei interessante ver a Natureza de uma forma estruturada. De certo modo, ter estudado Ciência mudou a minha visão do mundo. Por exemplo, ao estudar Física, e quando me virava de um lado para o outro, imaginava vetores na minha cabeça. E essa compreensão da realidade fascinava-me. E ainda me fascina. A Química surgiu mais tarde e depois fiz um doutoramento em Bioquímica. No fundo, a Bioquímica é uma parte da Química. As leis da Química são as mesmas dentro e fora das células. A diferença principal é que nas células as coisas acontecem em meios muito mais moderados, em termos de temperatura e de pH, e há catalisadores espetaculares, que são as enzimas.

Como é que conseguiu a sua Bolsa, que lhe permitiu estudar a comunicação científica?
Foi um concurso da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Neste caso, era um concurso só para doutorados, pelo que foi só após o doutoramento. Na altura era possível, hoje em dia seria muito complicado.

Não foi a única Bolsa que obteve.
Não, também recebi uma Bolsa de doutoramento.

E como funciona a carreira de um cientista?
O primeiro passo é fazer um doutoramento. Isso faz-se, normalmente, com uma bolsa de investigação, quer seja em Portugal, quer seja no estrangeiro. Hoje em dia, as bolsas portuguesas para estudos no estrangeiro estão muito limitadas, pelo que a melhor opção será conseguir bolsas nos outros países nos quais se vai fazer o doutoramento. Esse é o primeiro passo. No doutoramento, aprendemos a fazer investigação científica de uma forma independente. Temos um orientador e um revisor, mas procuramos ganhar alguma autonomia na investigação. E esse é o primeiro passo da carreira de um cientista. Depois de um doutoramento, segue-se um pós-doutoramento e outras coisas contratuais. Alguns podem ser professores universitários. A carreira de um cientista é semelhante à carreira de um jogador de futebol. É altamente competitiva, temos de estar dispostos a ir para o sítio certo no momento certo da nossa carreira. Imaginem que o Cristiano Ronaldo nunca tinha saído do Andorinha. Nunca teria desenvolvido as suas capacidades até ao expoente que hoje atingiu. Portanto, a carreira de um cientista é extremamente competitiva, exige mobilidade e é exigente.

E como é que surgiu a ideia de criar nm grupo de stand-up comedy?
A ideia surgiu no contexto da minha atividade no Inimigo Público. Desde 2003 que escrevia piadas sobre Ciência no jornal. E acabei por chegar à conclusão de que era uma boa maneira de divulgar a Ciência, de fazê-la chegar às pessoas. E achei que o stand-up comedy era uma boa maneira de o fazer. Conseguia duas coisas: juntar cientistas, que são como que os protagonistas da Ciência, com os quais as pessoas gostam de falar (é como com os jogadores de futebol: não dizem nada de jeito, mas as pessoas gostam de os ouvir), e fazer humor. Tudo isto teve como objetivo promover e divulgar a Ciência, aproximar os cientistas do público, das pessoas.

No fundo, tornar a Ciência mais acessível...
Certo. Olhar os cientistas de uma forma mais humana. Quando vemos os cientistas em cima de um palco a contar piadas sobre a Ciência, vemo-los de uma forma muito mais humana. Desfazemos ligeiramente o estereótipo do cientista do cinema. Despenteado, maluco e de bata branca, desejando dominar o mundo. Construindo o Frankenstein (risos). No fundo, promovemos a Ciência e tornamo-la mais acessível a todos os membros da nossa sociedade, que assim terão mais conhecimentos e uma maior capacidade de tomar decisões.

Não acha que, de certo modo, a Ciência é limitativa por ser tão ampla? Isto é, tem tantas áreas que é impossível sabermos tudo, mesmo que estejamos a falar de algo muito específico. O que o move nos seus projetos científicos para chegar a uma conclusão?
A curiosidade. É verdade, a Ciência é muito ampla, daí que não exista ninguém que domine todos os seus campos. Mas o mesmo também poderá ser dito acerca da Arte ou da Literatura. Já viram a quantidade de Literatura que há para conhecer? E não é isso que coíbe as pessoas de ingressarem nessa área. Eu acho que, no caso das Ciências, vamos fazendo escolhas, escolhendo aquilo que mais nos interessa. É verdade que existe especialização. Mas também existem áreas de convergência. Muitas vezes, uma conclusão resulta do trabalho levado a cabo em várias áreas específicas e diferentes entre si. Por exemplo, num projeto que desenvolvi, no qual estudei proteínas, tive de utilizar RX. Este é o exemplo da união entre a Física e a Bioquímica. É muitas vezes nas áreas de fronteira que existe espaço para a novidade. É difícil uma pessoa albergar conhecimento científico de todas as áreas. Há que fazer escolhas.

Que conselho daria a um jovem cientista?
Dir-lhe-ia que estudasse, que tirasse um curso na área em que gostasse de fazer investigação. Que tivesse muito atenção quanto às escolhas, embora não exista nenhuma que seja irreversível. É importante escolher uma área que lhe interesse e que o motive muito. Perceber qual é o melhor sítio para desenvolver a investigação, sabendo que esta é uma atividade exigente. Portanto, convém escolher uma área que quer mesmo estudar, uma área que lhe interesse bastante. Isto porque a atividade científica pode ser frequentemente frustrante, os resultados podem tardar em aparecer. No fundo, procuramos um conhecimento que ainda não temos, pelo que não sabemos o que vai suceder. Em síntese, importa definir bem a área em que se vai ingressar, alimentar essa paixão não só pelo tipo de conhecimento, mas também pelas técnicas desenvolvidas. Sem isto, dificilmente se manterão a persistência e a motivação que são fulcrais na investigação científica.

Hoje arrepende-se de alguma das escolhas que fez?
Não, não me arrependo das escolhas que fiz. Podia ter feito escolhas diferentes, se fosse fazê-las agora. Mas na altura eram escolhas que faziam sentido para mim. Há coisas que faria de modo diferente. Mas não me arrependo. Não há universos alternativos e não temos a capacidade de voltar atrás no tempo. Não há escolhas irreversíveis. Por exemplo, há pessoas que fazem o doutoramento numa área e depois fazem o pós-doutoramento noutra muito diferente. Acabam por dominar duas áreas que até podem acabar por convergir.

Se descrevesse as qualidades de um Cientista em três palavras, quais seriam?
Três palavras? Curiosidade. Persistência. Transparência. Uma das marcas da Ciência é a transparência. Dizemos o que fazemos, como fazemos, como chegamos a determinados resultados, para que os outros também possam lá chegar.

Considera que tem essas características?
Claro que sim! (Risos) Sem dúvida!

Sem essa transparência não há ciência?
Julgo que não. A transparência é fundamental na Ciência. Para que refutemos um determinado resultado, precisamos de saber como é que o mesmo foi obtido. Chegar a uma conclusão sem explicar como é que esta foi obtida não é Ciência. É uma caixa negra. A Ciência não se baseia em caixas negras.

Nós somos alunos do Secundário, estudamos Biologia e Geologia e já estamos a decidir o que vamos fazer no futuro. Antes mesmo de ter a nossa idade já gostava de Ciência. Qual terá sido o fator determinante para ter a certeza de que escolheria esta área? O que é que o motivou?
Eu acho que a principal decisão ocorreu entre o 9º e o 10º ano. Tive de escolher entre as Ciências duras e outras áreas mais próximas das Letras, para as quais também tinha vocação e interesse. Acabei por ir para uma área chamada Quimicotecnia. Hoje escrevo livros, o que é uma forma de me aproximar dessa outra área. Eu acho que o que me motivou e me fez ir para Ciências foi o facto de sentir que a Ciência é um grande desafio. Isto não quer dizer que a área da Literatura e das Línguas não seja também um grande desafio. Mas na altura foi nisso que pensei. Teria a oportunidade de descobrir coisas que não descobriria sozinho se não estudasse Química. Claro que depois tudo isto é o resultado de um conjunto de escolhas parciais. Primeiro escolhi estudar Química, depois estive indeciso entre estudar Física ou Química, que eram as disciplinas que mais me interessavam. Portanto, julgo que a motivação foi mesmo o desafio, o sentir que podia descobrir coisas que nunca descobriria se não tivesse estudado Ciências. E aprender estas coisas dá-nos acesso a um certo poder, o poder de saber o que vai acontecer, quando e onde. Por exemplo, saber onde e a que horas vai passar um cometa é fascinante. Pelo menos para mim. (Risos)

Tem alguma fonte de inspiração, algum ídolo que o tenha impulsionado a seguir o caminho que escolheu?
Na altura, foram essencialmente os livros. Li, por exemplo, da coleção de Ciência Aberta da Gradiva, na qual acabei por publicar anos mais tarde, o livro Um pouco mais de azul, do astrofísico Hubert Reeves. Achei fascinante saber como são feitos os nossos átomos nas estrelas, através da Fusão Nuclear. Quando os hidrogénios se juntam e o hélio se forma, o qual basicamente não serve para nada. E depois quatro átomos de hélio juntam-se e formam o carbono, que é muito importante, pois tudo na nossa vida é feito tendo por base a química do carbono. Perceber de que somos feitos, do que é que tudo é feito. Nós somos poeira de estrelas porque os átomos vêm das estrelas.

Como é que se descreveria enquanto aluno do Secundário?
Eu não sei se quero responder a essa pergunta (risos, muitos). Mas posso responder. Era um aluno irreverente. Não era o melhor aluno, mas era um bom aluno. Tinha vários interesses para lá da escola. Por exemplo, no 12º ano tinha apenas três disciplinas. Espetacular! Atualmente, o sistema oferece muito mais para aprender. E era espetacular principalmente por termos um dia totalmente sem aulas. Foi nesse ano que comecei a escrever numa revista, a Fórum Estudante. Escrevi até bastante. Comecei durante um estágio de verão e depois continuei e escrevia sempre que tinha tempo. Tinha muitos interesses, não me dedicava exclusivamente à escola. Claro que o meu percurso escolar também se ressentiu, mas acho que valeu a pena.

Então a escrita sempre esteve presente ao longo da sua vida?
Sim, desde muito cedo. Aliás, aconteceu uma coisa incrível na escola. Foi a escola que me incentivou, apesar de em casa também ler muito. Mas nunca escrevi. Comecei a interessar-me por escrever quando, no 10º ano, na aula de Português, li umas crónicas do Miguel Esteves Cardoso, e achei piada àquilo. Aquilo, na altura, tinha piada. (Risos) Porque era muito inesperado, muito irreverente, ele era e é um autêntico malabarista com as palavras. E eu nunca tinha visto nada escrito assim. Brincar com as palavras, com o ritmo da música. Também queria fazer aquilo! E comecei a tentar. E depois, por meio de uma série de acontecimentos improváveis, comecei a ser pago para escrever. Comecei a escrever para a Fórum Estudante e, portanto, a escrita sempre esteve presente de alguma forma. Mais tarde acabei por escrever no Inimigo Público. Durante muito tempo, estudava Ciências e escrevia, mas não propriamente sobre Ciência. Só depois é que houve uma convergência entre as duas áreas, já que eram coisas de que eu gostava muito. Mas isso foi só depois do doutoramento.

Considera que a sua vida pessoal foi uma base importante tanto para a sua vida académica como para a sua vida laboral?
Sim, sem dúvida. A minha família sempre valorizou bastante a educação nas suas várias vertentes. Não só na componente escolar, mas também dando-me acesso aos livros e à cultura. Portanto, foi fundamental. A parte laboral também tem muito a ver com a minha formação e consegui singrar neta por ter tido acesso à educação e à cultura. Tive essa sorte. A educação é importantíssima e vale a pena investirmos nela, não só para termos um melhor emprego, mas também para termos mais facilidade em arranjar emprego. Dá-se sempre prioridade às pessoas com um percurso educativo mais rico. Digo isto, embora me pareça que a questão da educação não é importante apenas para a empregabilidade, mas também para a formação pessoal e para nos sentirmos bem com a nossa evolução pessoal. Mesmo que não tenhamos de trabalhar, seremos sempre mais felizes se tivermos acesso à educação.

Manteve contacto com algum colega do Secundário?
Sim, com vários. Os amigos do Secundário foram fundamentais para mim. Conservo ainda alguns desses amigos.

Sente que eles o ajudaram nas escolhas que fez?
Influenciaram-me, sim. Nós também somos influenciados pelos amigos, pelas escolhas dos amigos, pelas opções das pessoas que consideramos importantes. Tenho um grande amigo que fez o doutoramento comigo, no mesmo Instituto, e que foi também meu colega no Secundário. Fizemos a mesma licenciatura, na mesma universidade. Atualmente, ele vive na Austrália. Mas também tenho outros amigos, que fizeram cursos em áreas um pouco mais distantes da minha, com os quais mantenho contacto frequente. Os amigos que fiz nestas idades continuam a ser pessoas fundamentais na minha vida.

E foi fácil manter esse contacto?
Com a maior parte das pessoas, não. Quando é muito difícil não dá para manter (Risos). Também depende da intensidade da relação. Quer dizer, os meus grandes amigos, aqueles dois ou três, com esses mantenho contacto, haja o que houver. Um deles vive na Austrália e ainda mantemos um contacto muito próximo. Mas já estão preocupados com isso?

Um bocadinho (muitos risos).

Vão arranjar novos amigos, manterão o contacto com os antigos. Isto é, a vossa vida vai ficar mais rica.

Teve algum professor no Secundário que o tenha marcado e com o qual ainda mantenha contacto?
Sim, tenho. Mantenho contacto com a minha escola secundária. Vou lá muitas vezes, tal como venho aqui. As professoras estão todas muito orgulhosas do aluno que escreve livros e sou convidado regularmente e vou lá com muito gosto. Sim, mantenho contacto com professores que tive nessa altura.

Sente nostalgia quando vai à sua escola?
Já não. Quando vou à minha antiga escola, sinto-me bem. A escola melhorou bastante em muitos aspetos. Tem uma biblioteca melhor, as instalações estão melhor conservadas, estão em melhor estado. Portanto, gosto bastante de ir lá. Agora, nostalgia já não sinto. Eu não gostava de ser aluno da escola secundária neste momento, convenhamos.

Mas sente nostalgia em relação às memórias que guarda desses tempos?
Sim, sem dúvida. A adolescência é uma fase de vida ou morte, muito rica em experiências, vivida com uma certa intensidade. É um período rico mas cansativo, o qual vale a pena viver. Talvez a nostalgia que sinta seja dessas relações, dessas amizades.

A faculdade é assim tão horrível quanto se diz? Dizem que somos mais um no meio da multidão. É que nós aqui somos como uma aldeia, em que todos se conhecem e já somos como que uma grande família, incluindo os professores.
Depende muitos das faculdades. A ideia de aldeia é facilmente associada ao Secundário. Temos uma turma, damo-nos sempre com as mesmas pessoas. Mas na faculdade também é possível criar ligações bastante significativas. Mesmo no meio da multidão, podes escolher a tua aldeia. Há muitas atividades na faculdade. Recomendo-vos a não irem para a Tuna, aquilo é estúpido... Estou a brincar, até pode ser interessante. (Risos) Na minha faculdade, havia várias atividades e núcleos temáticos. Havia até quem praticasse desportos de aventura. Pessoas que iam escalar, andar de bicicleta. Havia quem gostasse de se vestir de morcego... Digo-vos só para não se deixarem intimidar pelas praxes. As praxes são uma parvoíce, não se deixem enganar. A verdadeira socialização não tem nada a ver com esse ritual primitivo pateta. Se não concordarem, não se deixem levar. Ninguém tem como obrigar-vos a participar naquilo. As leis do país continuam a ser aplicadas ali. Se eles cometerem crimes, façam queixa à polícia.

Considera que os jovens cientistas têm mais facilidade em adquirir os dados, pelo facto de terem meios mais evoluídos do que anteriormente?
Nos últimos vinte anos houve um grande progresso científico em Portugal. E a diferença entre fazer um doutoramento agora e fazê-lo há vinte anos é abissal. Portanto, neste momento existe um sistema científico e tecnológico em Portugal. Existe alguma massa crítica, existem investigadores profissionais que não são tantos como a média da União Europeia, mas estamos a aproximar-nos dela. Existem infraestruturas muito melhor equipadas, existindo por isso muito melhores condições agora para fazer investigação científica do que havia nos anos 90. Portanto, houve um grande progresso a esse nível. Têm-se verificado avanços e recuos, mas de um modo geral a situação tem vindo a progredir. E hoje em dia há uma infraestrutura científica, tanto em termos de unidades científicas como em termos de recursos humanos. A Ciência em Portugal estava limitada a um conjunto elitista de pessoas. Era pequena, fechada, andava de costas voltadas para o país. Agora, com a democratização da educação, a Ciência abriu-se ao público, às pessoas.





Maria Inês Gama, Beatriz Gaspar, Miguel Monteiro. 10º1A

Sem comentários: