Doutorado
em Bioquímica pela Universidade Nova de Lisboa, em 2008. Fez investigação
científica em contexto industrial e académico. Desde 2003 que é autor do
Inimigo Público, um suplemento satírico do jornal Público, tendo escrito
centenas de textos de humor sobre temas científicos. Desde 2009 que é
coordenador dos Cientistas de Pé, um grupo de 'stand-up comedy' com cientistas.
É autor de vários espectáculos de teatro sobre temas científicos, alguns deles
inicialmente criados para o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Escreveu
programas de televisão sobre ciência e é autor do livro "Darwin aos tiros
e outras histórias" (Gradiva, 2011). Em 2010 venceu o Prémio Químicos
Jovens, promovido pela Sociedade Portuguesa de Química e pela Gradiva e o
Prémio Ideias Verdes, promovido pela Fundação Luso e pelo Jornal Expresso. No
dia 22 de abril esteve no Valsassina para apresentar uma conferência sobre
Pseudociência. Aproveitamos para conhecer um pouco mais sobre este autor.
Quando é que decidiu que
queria dedicar-se à
Ciência e mais concretamente à Bioquímica?
Se a
Bioquímica veio mais tarde, a Ciência começou a
interessar-me desde muito jovem, ainda mais jovem do que vocês. Um dos primeiros momentos em
que me terei interessado pela Ciência
terá sido quando recebi
uma caixa de experiências
de Química, num Natal.
Devia ter uns dez ou onze
anos. Fiz as experiências
todas. Adorava! Tinha, por exemplo alguns reagentes, e o meu preferido era o
sulfato de cobre, porque era azul. Eu achava que, por ser dessa cor, seria mais
poderoso. Cheguei a inventar experiências.
Injetei sulfato de cobre numa laranja para ver o que acontecia. Acabei por
descobrir que nada. Verifiquei que a laranja estava só a apodrecer, que não
havia qualquer outro efeito. E descobri que a Ciência tinha um certo poder. Conseguia misturar coisas que não cheiravam a nada e depois de
misturadas produziam um cheiro desagradável. Mais tarde resolvi estudar Ciência, porque sempre achei
interessante ver a Natureza de uma forma estruturada. De certo modo, ter
estudado Ciência mudou a
minha visão do mundo. Por
exemplo, ao estudar Física,
e quando me virava de um lado para o outro, imaginava vetores na minha cabeça. E essa compreensão da realidade fascinava-me. E
ainda me fascina. A Química
surgiu mais tarde e depois fiz um doutoramento em Bioquímica. No fundo, a Bioquímica é uma
parte da Química. As leis
da Química são as mesmas dentro e fora das células. A diferença principal é que nas células as coisas acontecem em
meios muito mais moderados, em termos de temperatura e de pH, e há
catalisadores espetaculares, que são
as enzimas.
Como é que conseguiu a
sua Bolsa, que lhe permitiu estudar a comunicação científica?
Foi um concurso
da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Neste caso,
era um concurso só para
doutorados, pelo que foi só após o doutoramento. Na altura era
possível, hoje em dia
seria muito complicado.
Não
foi a única Bolsa que obteve.
Não,
também recebi uma Bolsa de doutoramento.
E como funciona a carreira de um cientista?
O
primeiro passo é fazer um
doutoramento. Isso faz-se, normalmente, com uma bolsa de investigação, quer seja em Portugal, quer
seja no estrangeiro. Hoje em dia, as bolsas portuguesas para estudos no
estrangeiro estão muito
limitadas, pelo que a melhor opção será conseguir bolsas nos outros países nos quais se vai fazer o
doutoramento. Esse é o
primeiro passo. No doutoramento, aprendemos a fazer investigação científica de uma forma independente. Temos um orientador e um
revisor, mas procuramos ganhar alguma autonomia na investigação. E esse é o primeiro passo da carreira
de um cientista. Depois de um doutoramento, segue-se um pós-doutoramento e outras coisas contratuais.
Alguns podem ser professores universitários.
A carreira de um cientista é semelhante
à carreira de um jogador
de futebol. É altamente
competitiva, temos de estar dispostos a ir para o sítio certo no momento certo da nossa carreira. Imaginem que o
Cristiano Ronaldo nunca tinha saído
do Andorinha. Nunca teria desenvolvido as suas capacidades até ao expoente que hoje atingiu.
Portanto, a carreira de um cientista é
extremamente competitiva, exige mobilidade e é exigente.
E como é que surgiu a
ideia de criar nm grupo de stand-up comedy?
A ideia
surgiu no contexto da minha atividade no “Inimigo Público”. Desde 2003 que escrevia piadas sobre
Ciência no jornal. E
acabei por chegar à conclusão de que era uma boa maneira de
divulgar a Ciência, de fazê-la chegar às pessoas. E achei que o stand-up comedy era uma boa maneira de o
fazer. Conseguia duas coisas: juntar cientistas, que são como que os protagonistas da Ciência, com os quais as pessoas gostam de falar (é como com os jogadores de futebol:
não dizem nada de jeito,
mas as pessoas gostam de os ouvir), e fazer humor. Tudo isto teve como objetivo
promover e divulgar a Ciência,
aproximar os cientistas do público,
das pessoas.
No fundo, tornar a Ciência
mais acessível...
Certo. Olhar
os cientistas de uma forma mais humana. Quando vemos os cientistas em cima de
um palco a contar piadas sobre a Ciência,
vemo-los de uma forma
muito mais humana. Desfazemos ligeiramente o estereótipo do cientista do cinema. Despenteado, maluco e de bata
branca, desejando dominar o mundo. Construindo o Frankenstein (risos). No fundo, promovemos a Ciência e tornamo-la mais acessível a todos os membros da nossa
sociedade, que assim terão mais conhecimentos e uma maior
capacidade de tomar decisões.
Não acha que, de certo modo, a Ciência
é limitativa por ser tão ampla? Isto é, tem tantas áreas que é
impossível sabermos tudo, mesmo que estejamos a falar de algo muito
específico. O que o move nos seus projetos científicos
para chegar a uma conclusão?
A curiosidade.
É verdade, a Ciência é muito ampla, daí
que não exista
ninguém que domine todos
os seus campos. Mas o mesmo também
poderá ser dito acerca da
Arte ou da Literatura. Já viram
a quantidade de Literatura que há
para conhecer? E não
é isso que coíbe
as pessoas de ingressarem nessa área.
Eu acho que, no caso das Ciências,
vamos fazendo escolhas, escolhendo aquilo que mais nos interessa. É verdade que existe especialização. Mas também existem áreas de convergência. Muitas vezes, uma conclusão resulta do trabalho levado a
cabo em várias áreas específicas e diferentes entre si.
Por exemplo, num projeto que desenvolvi, no qual estudei proteínas, tive de utilizar RX. Este é o exemplo da união entre a Física e a Bioquímica. É muitas vezes nas áreas
de fronteira que existe espaço
para a novidade. É difícil uma pessoa albergar
conhecimento científico de
todas as áreas. Há que fazer escolhas.
Que conselho daria a um jovem cientista?
Dir-lhe-ia
que estudasse, que tirasse um curso na área
em que gostasse de fazer investigação.
Que tivesse muito atenção quanto
às escolhas, embora não
exista nenhuma que seja irreversível. É importante escolher uma área que lhe interesse e que o
motive muito. Perceber qual é o
melhor sítio para
desenvolver a investigação, sabendo que esta é uma atividade exigente.
Portanto, convém escolher uma
área que quer mesmo
estudar, uma área que lhe
interesse bastante. Isto porque a atividade científica pode ser frequentemente frustrante, os resultados podem
tardar em aparecer. No fundo, procuramos um conhecimento que ainda não
temos, pelo que não sabemos o que vai suceder. Em síntese,
importa definir bem a área em que se vai ingressar, alimentar
essa paixão não só pelo tipo de conhecimento, mas também
pelas técnicas desenvolvidas. Sem isto, dificilmente se manterão
a persistência e a motivação que são fulcrais na investigação
científica.
Hoje arrepende-se de alguma das escolhas
que fez?
Não, não me arrependo das escolhas que fiz. Podia ter feito
escolhas diferentes, se fosse fazê-las
agora. Mas na altura eram escolhas que faziam sentido para mim. Há coisas que faria de modo diferente.
Mas não me arrependo. Não há universos alternativos e não temos a capacidade de voltar atrás no tempo. Não
há escolhas irreversíveis. Por exemplo, há pessoas que fazem o
doutoramento numa área e
depois fazem o pós-doutoramento
noutra muito diferente. Acabam por dominar duas áreas que até podem
acabar por convergir.
Se descrevesse as qualidades de um
Cientista em três palavras, quais seriam?
Três palavras? Curiosidade.
Persistência. Transparência. Uma das marcas da Ciência é a transparência.
Dizemos o que fazemos, como fazemos, como chegamos a determinados resultados, para que os outros também possam lá chegar.
Considera que tem essas características?
Claro
que sim! (Risos) Sem dúvida!
Sem essa transparência não
há ciência?
Julgo
que não. A transparência é fundamental na Ciência.
Para que refutemos um determinado resultado, precisamos de saber como é que o mesmo foi obtido. Chegar
a uma conclusão sem explicar como é
que esta foi obtida não é Ciência. É uma
caixa negra. A Ciência não se baseia em caixas negras.
Nós somos alunos do Secundário,
estudamos Biologia e Geologia e já estamos a decidir o que vamos
fazer no futuro. Antes mesmo de ter a nossa idade já gostava de Ciência.
Qual terá sido o fator determinante para ter a certeza de que
escolheria esta área?
O que é que o motivou?
Eu acho
que a principal decisão ocorreu
entre o 9º e o 10º ano. Tive de escolher entre as
Ciências “duras”
e outras áreas mais próximas das Letras, para as quais também
tinha vocação e interesse. Acabei por ir para uma área chamada Quimicotecnia. Hoje escrevo
livros, o que é uma forma
de me aproximar dessa outra área.
Eu acho que o que me motivou e me fez ir para Ciências foi o facto de sentir que a Ciência é um
grande desafio. Isto não
quer dizer que a área da
Literatura e das Línguas não seja também um grande desafio. Mas na
altura foi nisso que pensei. Teria a oportunidade de descobrir coisas que não descobriria sozinho se não estudasse Química. Claro que depois tudo
isto é o resultado de um conjunto de escolhas parciais. Primeiro
escolhi estudar Química,
depois estive indeciso entre estudar Física
ou Química, que eram as
disciplinas que mais me interessavam. Portanto, julgo que a motivação foi mesmo o desafio, o
sentir que podia descobrir coisas que nunca descobriria se não tivesse estudado Ciências. E aprender estas coisas
dá-nos acesso a um certo poder, o poder de saber o que vai
acontecer, quando e onde. Por exemplo, saber onde e a que horas vai passar um
cometa é fascinante. Pelo
menos para mim. (Risos)
Tem alguma fonte de inspiração,
algum ídolo que o tenha impulsionado a seguir o caminho que
escolheu?
Na
altura, foram essencialmente os livros. Li, por exemplo, da coleção de Ciência Aberta da Gradiva, na qual acabei por publicar anos
mais tarde, o livro Um pouco mais de azul, do astrofísico Hubert Reeves. Achei
fascinante saber como são
feitos os nossos átomos
nas estrelas, através da
Fusão Nuclear. Quando os hidrogénios se juntam e o hélio se forma, o qual basicamente
não serve para nada. E
depois quatro átomos de hélio juntam-se e formam o carbono,
que é muito importante,
pois tudo na nossa vida é feito
tendo por base a química
do carbono. Perceber de que somos feitos, do que é que tudo é feito.
Nós somos poeira de
estrelas porque os átomos
vêm das estrelas.
Como é que se
descreveria enquanto aluno do Secundário?
Eu não sei se quero responder a essa
pergunta (risos, muitos). Mas posso
responder. Era um aluno irreverente. Não
era o melhor aluno, mas era um bom aluno. Tinha vários interesses para lá da escola. Por exemplo, no 12º ano tinha apenas três disciplinas. Espetacular!
Atualmente, o sistema oferece muito mais para aprender. E era espetacular principalmente
por termos um dia totalmente sem aulas. Foi nesse ano que comecei a escrever
numa revista, a “Fórum Estudante”. Escrevi até
bastante. Comecei durante um estágio
de verão e depois
continuei e escrevia sempre que tinha tempo. Tinha muitos interesses, não me dedicava exclusivamente à escola. Claro que o meu
percurso escolar também se
ressentiu, mas acho que valeu a pena.
Então a escrita sempre esteve
presente ao longo da sua vida?
Sim,
desde muito cedo. Aliás,
aconteceu uma coisa incrível
na escola. Foi a escola que me incentivou, apesar de em casa também ler muito. Mas nunca escrevi.
Comecei a interessar-me por escrever quando, no 10º ano, na aula de Português, li umas crónicas
do Miguel Esteves Cardoso, e achei piada àquilo. Aquilo, na altura, tinha piada.
(Risos) Porque era muito inesperado,
muito irreverente, ele era e é
um autêntico malabarista com
as palavras. E eu nunca tinha visto nada escrito assim. Brincar com as
palavras, com o ritmo da música.
Também queria fazer aquilo!
E comecei a tentar. E depois, por meio de uma série de acontecimentos improváveis, comecei a ser pago para escrever. Comecei a escrever
para a “Fórum
Estudante” e, portanto, a escrita sempre esteve presente de alguma
forma. Mais tarde acabei por escrever no “Inimigo Público”. Durante muito tempo, estudava Ciências e escrevia, mas não
propriamente sobre Ciência.
Só depois é que houve uma convergência entre as duas áreas,
já que eram coisas de que
eu gostava muito. Mas isso foi só
depois do doutoramento.
Considera que a sua vida pessoal foi uma
base importante tanto para a sua vida académica como para a
sua vida laboral?
Sim, sem
dúvida. A minha família sempre valorizou bastante a
educação nas suas várias vertentes. Não só na componente escolar, mas também dando-me acesso aos livros e à cultura. Portanto, foi fundamental. A parte laboral também tem muito a ver com a minha
formação e consegui singrar
neta por ter tido acesso à educação e à cultura. Tive essa sorte. A educação é importantíssima e vale a pena investirmos
nela, não só para termos um melhor emprego,
mas também para termos mais facilidade em arranjar emprego. Dá-se sempre prioridade às pessoas com um percurso
educativo mais rico. Digo isto, embora me pareça que a questão da educação
não é
importante apenas para a empregabilidade, mas também para a formação
pessoal e para nos sentirmos bem com a nossa evolução pessoal. Mesmo que não tenhamos de trabalhar, seremos sempre mais felizes se
tivermos acesso à educação.
Manteve contacto com algum colega do Secundário?
Sim, com
vários. Os amigos do
Secundário foram fundamentais
para mim. Conservo ainda alguns desses amigos.
Sente que eles o ajudaram nas escolhas que
fez?
Influenciaram-me,
sim. Nós também somos influenciados pelos
amigos, pelas escolhas dos amigos, pelas opções das pessoas que consideramos importantes. Tenho um
grande amigo que fez o doutoramento comigo, no mesmo Instituto, e que foi também meu colega no Secundário. Fizemos a mesma
licenciatura, na mesma universidade. Atualmente, ele vive na Austrália. Mas também tenho outros amigos, que
fizeram cursos em áreas um
pouco mais distantes da minha, com os quais mantenho contacto frequente. Os
amigos que fiz nestas idades continuam a ser pessoas fundamentais na minha
vida.
E foi fácil manter esse
contacto?
Com a
maior parte das pessoas, não.
Quando é muito difícil não dá para
manter (Risos). Também depende da intensidade da
relação. Quer dizer, os
meus grandes amigos, aqueles dois ou três,
com esses mantenho contacto, haja o que houver. Um deles vive na Austrália e ainda mantemos um
contacto muito próximo.
Mas já estão preocupados com isso?
Um bocadinho (muitos risos).
Vão arranjar novos amigos, manterão
o contacto com os antigos. Isto é, a vossa vida vai ficar mais rica.
Teve algum professor no Secundário
que o tenha marcado e com o qual ainda mantenha contacto?
Sim,
tenho. Mantenho contacto com a minha escola secundária. Vou lá muitas
vezes, tal como venho aqui. As professoras estão todas muito orgulhosas do aluno que escreve livros e sou
convidado regularmente e vou lá com
muito gosto. Sim, mantenho contacto com professores que tive nessa altura.
Sente nostalgia quando vai à
sua escola?
Já não. Quando vou à
minha antiga escola, sinto-me bem. A escola melhorou bastante em muitos aspetos.
Tem uma biblioteca melhor, as instalações
estão melhor conservadas,
estão em melhor estado.
Portanto, gosto bastante de ir lá. Agora, nostalgia já não sinto. Eu não
gostava de ser aluno da escola secundária
neste momento, convenhamos.
Mas sente nostalgia em relação às memórias
que guarda desses tempos?
Sim, sem
dúvida. A adolescência é uma fase de vida ou morte, muito rica em experiências, vivida com uma certa
intensidade. É um período rico mas cansativo, o qual
vale a pena viver. Talvez a nostalgia que sinta seja dessas relações, dessas amizades.
A faculdade é assim tão
horrível quanto se diz? Dizem que somos mais um no meio da multidão.
É que nós aqui somos como uma aldeia,
em que todos se conhecem e já somos como que uma grande família,
incluindo os professores.
Depende
muitos das faculdades. A ideia de aldeia é facilmente associada ao Secundário. Temos uma turma, damo-nos sempre com as mesmas pessoas.
Mas na faculdade também é
possível criar ligações
bastante significativas. Mesmo no meio da multidão, podes escolher a tua aldeia. Há muitas atividades na faculdade. Recomendo-vos a não irem para a Tuna, aquilo é estúpido... Estou a brincar, até pode ser interessante. (Risos)
Na minha faculdade, havia várias
atividades e núcleos temáticos. Havia até quem praticasse desportos de
aventura. Pessoas que iam escalar, andar de bicicleta. Havia quem gostasse de
se vestir de morcego... Digo-vos só
para não se deixarem intimidar pelas praxes.
As praxes são uma parvoíce, não se deixem enganar. A verdadeira socialização não tem nada a ver com esse ritual primitivo pateta. Se não concordarem, não se deixem levar. Ninguém tem como obrigar-vos a participar
naquilo. As leis do país
continuam a ser aplicadas ali. Se eles cometerem crimes, façam queixa à polícia.
Considera que os jovens cientistas têm
mais facilidade em adquirir os dados, pelo facto de terem meios mais evoluídos
do que anteriormente?
Nos últimos vinte anos houve um grande progresso científico em Portugal. E a diferença entre fazer um doutoramento
agora e fazê-lo há vinte
anos é abissal. Portanto,
neste momento existe um sistema científico
e tecnológico em Portugal.
Existe alguma massa crítica,
existem investigadores profissionais que não são
tantos como a média da União Europeia, mas estamos a
aproximar-nos dela. Existem infraestruturas muito melhor equipadas, existindo por
isso muito melhores condições
agora para fazer investigação
científica do que havia
nos anos 90. Portanto, houve um grande progresso a esse nível.
Têm-se verificado
avanços e recuos,
mas de um modo geral a situação tem vindo a progredir. E hoje em
dia há uma infraestrutura
científica, tanto em
termos de unidades científicas
como em termos de recursos humanos. A Ciência em Portugal estava limitada a um conjunto elitista de
pessoas. Era pequena, fechada, andava de costas voltadas para o país. Agora, com a democratização da educação, a Ciência abriu-se ao público,
às pessoas.
Maria Inês Gama, Beatriz Gaspar, Miguel Monteiro. 10º1A
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