Acredita-se que nenhuma espécie que tenha existido desde o início da Terra até aos dias de hoje tenha tido tanta influência a nível global como o ser humano. Todas as extinções e os crescimentos de populações em massa têm tido razões naturais, pelo menos até agora.
A Natureza, ou seja, o enorme e complexo conjunto de seres existentes na Terra, criam condições novas ou apenas mantêm-se, as quais justificam a inconstância do conceito de mais apto, sugerido pela teoria de Charles Darwin. Todas as evoluções, desde que os primeiros seres vivos apareceram, dependeram e dependem das circunstâncias a que estes estão sujeitos, ou passam a estar sujeitos.
Para Darwin, ao contrário do que Lamarck afirmava, não só as mudanças de ambiente provocam esse mecanismo de evolução, mas o próprio ambiente em si, e as condições que este impõe ao longo do tempo a todos os seres que habitam este planeta. Mas também afirma que só é possível haver evolução se já houver uma predisposição para que esta ocorra. Estou a falar da variabilidade inter e intra-específica. É preciso ver que o Darwinismo também tem em conta o tempo, factor que aliado à variabilidade intra-específica e à reprodução, gera esse mecanismo chamado evolução.
De uma maneira muito resumida, a evolução é a forma como uma ou mais espécies progridem ao longo do tempo, que pode ser avaliada pelo tamanho relativo das suas populações. Todo o habitat tem as suas características, que ditam qual o ser vivo que mais se adequa aquele lugar, isto é, o mais apto; aquele que tem mais condições naturais para sobreviver, alimentar-se e reproduzir-se. Isto é nada mais, nada menos, do que a Selecção Natural.
Mas o problema com que nos defrontamos é que esta evolução era mesmo natural, até que o Homem, com as suas ambições de poder e domínio de terras e bens, tornou esta evolução de certa forma artificial, gerada pelo próprio Homem. Isto seria vantajoso, se não fosse por esta evolução ter tomado proporções desmedidas tal que o Homem já não as consegue controlar.
Temos como exemplo a proporção do crescimento populacional de 100 milhões de anos, após a era glaciar, e a dos últimos 10 milhões de anos. Tanto para um como para o outro, o aumento foi de mil vezes a população original. Mais impressionante é o que os números nos mostram acerca dos últimos 200 anos. Em 1830 a população humana terrestre atingiu os primeiros mil milhões, e hoje regista o incrível valor de 6 milhões de habitantes!
A este passo, é difícil prever como é que iremos sustentar as nossas necessidades. As necessidades deste número sem fim previsto, que cada vez consome mais e mais. Os seres vivos sempre foram dependentes da quantidade de recursos naturais disponíveis. Sempre assim funcionou, até que o Homem conseguiu usá-los de uma maneira muito mais eficiente que qualquer espécie, e estes recursos em massa implicaram um crescimento em massa da população humana. O crescimento continuou, e ainda continua, a um ritmo indescritível, mas os recursos têm os seus dias contados.
Tudo isto terá grande parte no futuro do nosso planeta e da sua biodiversidade. Quando falamos do impacto do Homem, não só falamos da exploração excessiva de recursos, como também tratamos de assuntos como poluição, destruição de habitats e todos as outras coisas que isto implica, tal como o aumento do efeito de estufa e o aquecimento global. Se não houver uma mudança drástica na mentalidade das pessoas, não só fazê-las saber, mas também actuar, o futuro do nosso planeta, e consequentemente o nosso futuro e o de todas as outras espécies que conhecemos hoje, terá um final trágico.
Em 1776, Adam Smith introduz o termo “Mão Invisível”, em “A riqueza das nações”, para explicar o que é que coordenava as relações entre indivíduos numa economia de mercado sem uma entidade identificável que fosse coordenadora destas relações. Em 2002, num texto de opinião no Jornal de Letras, João Caraça adapta este termo para a dimensão biológica, dizendo que “é tempo de darmos uma ajuda à mão invisível biológica que faz pulsar a nossa espécie, reconhecendo-nos mutuamente, interpretando o passado histórico e preparando o futuro, colectivo e planetário”. Compara ainda, que caso contrário, teremos de olhar para o espaço tal como os seres humanos de há 110 mil milhões de anos atrás tiveram de olhar para as montanhas, a única escapatória para a subida do mar.
“A alteração climática que experimentamos indica que uma bifurcação se aproxima. Sabemos que, na evolução das espécies, não há repetições, nem se pode voltar atrás. Precisamos de engendrar novas soluções” Acaba assim o texto de João Caraça. À medida que o tempo passa, estamos cada vez mais perto de uma nova mudança na evolução da nossa espécie, e se queremos continuar tal como nos conhecemos, é necessário voltarmos 50 anos atrás no tempo e regredir na nossa evolução, para não continuarmos a forçar o limite do planeta e cairmos no erro de voltarmos, não 50, mas milhares de milhões de anos atrás. Se realmente temos poder sobre a Selecção Natural, se realmente podemos controlar a Mão Invisível, então somos capazes de controlar o nosso destino e principalmente o destino do planeta onde habitamos.
A Natureza, ou seja, o enorme e complexo conjunto de seres existentes na Terra, criam condições novas ou apenas mantêm-se, as quais justificam a inconstância do conceito de mais apto, sugerido pela teoria de Charles Darwin. Todas as evoluções, desde que os primeiros seres vivos apareceram, dependeram e dependem das circunstâncias a que estes estão sujeitos, ou passam a estar sujeitos.
Para Darwin, ao contrário do que Lamarck afirmava, não só as mudanças de ambiente provocam esse mecanismo de evolução, mas o próprio ambiente em si, e as condições que este impõe ao longo do tempo a todos os seres que habitam este planeta. Mas também afirma que só é possível haver evolução se já houver uma predisposição para que esta ocorra. Estou a falar da variabilidade inter e intra-específica. É preciso ver que o Darwinismo também tem em conta o tempo, factor que aliado à variabilidade intra-específica e à reprodução, gera esse mecanismo chamado evolução.
De uma maneira muito resumida, a evolução é a forma como uma ou mais espécies progridem ao longo do tempo, que pode ser avaliada pelo tamanho relativo das suas populações. Todo o habitat tem as suas características, que ditam qual o ser vivo que mais se adequa aquele lugar, isto é, o mais apto; aquele que tem mais condições naturais para sobreviver, alimentar-se e reproduzir-se. Isto é nada mais, nada menos, do que a Selecção Natural.
Mas o problema com que nos defrontamos é que esta evolução era mesmo natural, até que o Homem, com as suas ambições de poder e domínio de terras e bens, tornou esta evolução de certa forma artificial, gerada pelo próprio Homem. Isto seria vantajoso, se não fosse por esta evolução ter tomado proporções desmedidas tal que o Homem já não as consegue controlar.
Temos como exemplo a proporção do crescimento populacional de 100 milhões de anos, após a era glaciar, e a dos últimos 10 milhões de anos. Tanto para um como para o outro, o aumento foi de mil vezes a população original. Mais impressionante é o que os números nos mostram acerca dos últimos 200 anos. Em 1830 a população humana terrestre atingiu os primeiros mil milhões, e hoje regista o incrível valor de 6 milhões de habitantes!
A este passo, é difícil prever como é que iremos sustentar as nossas necessidades. As necessidades deste número sem fim previsto, que cada vez consome mais e mais. Os seres vivos sempre foram dependentes da quantidade de recursos naturais disponíveis. Sempre assim funcionou, até que o Homem conseguiu usá-los de uma maneira muito mais eficiente que qualquer espécie, e estes recursos em massa implicaram um crescimento em massa da população humana. O crescimento continuou, e ainda continua, a um ritmo indescritível, mas os recursos têm os seus dias contados.
Tudo isto terá grande parte no futuro do nosso planeta e da sua biodiversidade. Quando falamos do impacto do Homem, não só falamos da exploração excessiva de recursos, como também tratamos de assuntos como poluição, destruição de habitats e todos as outras coisas que isto implica, tal como o aumento do efeito de estufa e o aquecimento global. Se não houver uma mudança drástica na mentalidade das pessoas, não só fazê-las saber, mas também actuar, o futuro do nosso planeta, e consequentemente o nosso futuro e o de todas as outras espécies que conhecemos hoje, terá um final trágico.
Em 1776, Adam Smith introduz o termo “Mão Invisível”, em “A riqueza das nações”, para explicar o que é que coordenava as relações entre indivíduos numa economia de mercado sem uma entidade identificável que fosse coordenadora destas relações. Em 2002, num texto de opinião no Jornal de Letras, João Caraça adapta este termo para a dimensão biológica, dizendo que “é tempo de darmos uma ajuda à mão invisível biológica que faz pulsar a nossa espécie, reconhecendo-nos mutuamente, interpretando o passado histórico e preparando o futuro, colectivo e planetário”. Compara ainda, que caso contrário, teremos de olhar para o espaço tal como os seres humanos de há 110 mil milhões de anos atrás tiveram de olhar para as montanhas, a única escapatória para a subida do mar.
“A alteração climática que experimentamos indica que uma bifurcação se aproxima. Sabemos que, na evolução das espécies, não há repetições, nem se pode voltar atrás. Precisamos de engendrar novas soluções” Acaba assim o texto de João Caraça. À medida que o tempo passa, estamos cada vez mais perto de uma nova mudança na evolução da nossa espécie, e se queremos continuar tal como nos conhecemos, é necessário voltarmos 50 anos atrás no tempo e regredir na nossa evolução, para não continuarmos a forçar o limite do planeta e cairmos no erro de voltarmos, não 50, mas milhares de milhões de anos atrás. Se realmente temos poder sobre a Selecção Natural, se realmente podemos controlar a Mão Invisível, então somos capazes de controlar o nosso destino e principalmente o destino do planeta onde habitamos.
Felipe Lins Blauth, 11º 1A