BioValsassina
Este blog pretende divulgar alguns trabalhos de alunos, projectos e/ou actividades do Colégio Valsassina, realizados no Departamento de Biologia. Estamos a viver uma “sociedade biológica”. A saúde, a gestão dos recursos naturais, a conservação da biodiversidade, a gestão dos resíduos, o controlo de pragas, as análises bioquímicas de águas, solos ou organismos são alguns dos sectores que dependem cada vez mais da Biologia.
segunda-feira, novembro 21, 2016
Conferência com o investigador Luís Gonçalves do ITQB
Conferência com o investigador Luís Gonçalves do ITQB
Integrado no Programa da Semana da Ciência e da Tecnologia, no âmbito do "Um cientista vem à escola", vai realizar-se uma conferência com o investigador Luís Gonçalves, do ITQB.
A sessão está agendada para o dia 22 de novembro às 8h30, no auditório Valsassina. Tem como público alvo os alunos do 10º e 11º ano de Ciências e Tecnologias.
Luís Gonçalves é investigador no ITQB e tem como áreas de investigação os organismos extremófilos e o uso de ressonância magnética nuclear no estudo de doenças.
Agradecemos ao ITQB e em particular ao investigador Luís Gonçalves a atenção disponibilidade demonstrada.
quarta-feira, novembro 25, 2015
Semana da Ciência e da Tecnologia 2015 - Departamento de Biologia
No âmbito da
Semana da Ciência e da Tecnologia 2015, o Departamento de Biologia do
Valsassina dinamizou várias atividades.
Procurou-se
despertar a curiosidade para o mundo que nos rodeia; motivar os alunos para a
Ciência; e contribuir para um aumento da sua literacia científica.
Atividades programadas:
- Laboratórios
abertos com atividades/ateliers, dinamizadas pelos alunos do ensino secundário
(10º e 12º) para os colegas do 1º ciclo;
-
Participação do concurso Literacia 3D (8º ano);
-
Construção de células 3D (8º ano);
- Visita
de estudo ao Microscópio Eletrónico, FCUL (11º ano);
- Sessão
com o Biólogo e investigador Miguel Pais (7º ano)
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Semana Ciência e Tecnologia
terça-feira, junho 30, 2015
Dois projetos de alunos do Valsassina foram distinguidos na Mostra Nacional de Ciência 2015.
“Quitina
injetável” e “Estudo da presença do
polimorfimos de inserção no locus Alu PV92” é o nome dos dois projetos, da
autoria de alunos do Valsassina, distinguidos na Mostra Nacional de Ciência que
se terminou no passado dia 30 de maio. Estiveram presentes na mostra 100
projetos, os quais eram também concorrentes ao 23º concurso nacional de jovens
cientistas e investigadores.
Os alunos André Ramos (11º1A), Margarida Durão (11º1A)
e Sara Silva (11º1A) receberam uma Menção Honrosa pelo seu trabalho, que
consistiu em extrair quitina da carapaça de crustáceos, alterar a sua molécula
e produzir um nanocompósito de nanopartículas de α-quitina em matriz de
amido.
As alunas Madalena Carvalho (11º1A) e
Rita Pinto (11º1A), desenvolveram um estudo que sobre a presença do polimorfismo de inserção no gene
Alu PV92 no cromossoma 16 em alunos do secundário do Colégio Valsassina. Foram
selecionadas pelo júri para representar Portugal na Semana Internacional de
investigação sobre a vida selvagem, que se irá realizar nos Alpes Suíços, na
última semana de junho.
O Concurso Jovens Cientistas e Investigadores é
desenvolvido desde 1992 pela Fundação da Juventude. Com o objetivo de promover
os ideais da cooperação e do intercâmbio entre jovens cientistas e
investigadores e estimular o aparecimento de jovens talentos nas áreas da
Ciência, Tecnologia, Investigação e Inovação, este concurso destina-se a todos
os estudantes a frequentar, em Portugal, o ensino básico, secundário ou
primeiro ano do ensino superior, com idades compreendidas entre os 15 e os 20
anos.
De âmbito nacional, o Concurso pretende incentivar um
salutar espírito competitivo nos jovens, através da realização de projetos/trabalhos
científicos inovadores, integrados em processos educativos regulares, sendo
atribuídos prémios aos alunos e projetos selecionados.
De referir que, na edição de 2015 do concurso Jovens
Cientistas e Investigadores foram selecionados, para a Mostra Nacional de
Ciência, que se realizou entre 28 e 30 de maio no Museu da Eletricidade, todos
os projetos apresentados por alunos do Colégio Valsassina:
- Bioplástico a partir de leite: do desperdício à industrialização, da autoria de: Mariana Carrasco (11º1A), Mafalda Gomes (11º1A) e Aisha Ahmad (11º1B).
- Footlys - Aplicação de lisinas na eliminação da bromidrose verificada nos sapatos, da autoria de: Mário Gil (11º1A) Oliveira e Martim Nabais (11º1A).
- T-Gel - Desenvolvimento de um gel estilizador com propriedades nutritivas para o cabelo. Incorporação do extrato da planta de chá verde como componente ativo na fortificação do cabelo, da autoria de: Artur Fortunato (11º1A) e Ulisses Ferreira (11º1A).
- Estudo da presença do Polimorfismo de inserção no locus Alu PV92 em alunos do secundário do Colégio Valsassina, da autoria de: Madalena Carvalho (11º1A) e Rita Pinto (11º1A).
- Quitina injetável, da autoria de: André Ramos (11º1A), Margarida Durão (11º1A) e Sara Silva (11º1A).
Observar e experimentar… in loco. A importância das saídas de campo.
As saídas de campo e as visitas de
estudo são consideradas, tanto pela investigação, como pelos Currículos
Nacionais do Ensino Básico e do Ensino Secundário, como recursos dotados de
inúmeras potencialidades educativas. Por outro lado, diversos estudos sugerem
que os jovens, de um modo geral, gostam de Saídas de Campos e de Visitas de
Estudo e aprendem através delas.
Hodson (2004) refere que o
currículo escolar deve assentar num conjugação de três aspetos importantes,
sejam eles, aprender Ciência e Tecnologia, aprender sobre Ciência e Tecnologia
e fazer Ciência e Tecnologia. Segundo o próprio, a relevância de uma educação
científica e tecnológica consiste em adquirir e desenvolver um conhecimento
conceptual científico e tecnológico, que torne familiares os vários tipos de
tecnologias existentes na sociedade atual, mediante o desenvolvimento do
conhecimento de técnicas e métodos de natureza científica e tecnológica,
atendendo à complexidade das relações estabelecidas entre Ciência, Tecnologia e
Sociedade. Em coerência com o que foi referido, estas atitudes devem estar
associadas a um espírito empreendedor na resolução questões problemáticas
(Oliveira, 2008).
Esta perspetiva é corroborada por
Cachapuz et al. (2004 in Oliveira, 2008), que tal como Perrenoud (2001 in
Oliveira, 2008), que considera como essencial dotar os cidadãos com competência
suficiente para resolver situações totalmente inesperadas, sustenta que “a
Ciência inova e o saber se renova”, pelo que no seu entender, o desafio que
atualmente se coloca constantemente ao sistema de ensino das sociedades
modernas reside no facto de ter de se reinventar um novo conjunto de saberes
básicos, que designa como sendo “ferramentas, que permitem a mudança de uma
aprendizagem dirigida (…), para uma aprendizagem assistida e, desta, para uma
aprendizagem autónoma, de acordo com um percurso de responsabilização crescente
de cada cidadão pela construção do seu próprio saber (…)”.
A necessidade de satisfazer as
exigências de uma sociedade com cada vez maior visibilidade para questões
problemáticas, seja a nível científico ou ambiental, tem exigido uma adaptação
dos currículos em Ciências. Assim, de um currículo centrado no desenvolvimento
do conhecimento conceptual, com uso escasso das atividades práticas, passou-se
a dar mais ênfase a um conhecimento em que o desenvolvimento procedimental é
determinante e em que a importância das atividades práticas no processo de
construção do conhecimento científico assume uma tónica cada vez mais relevante
(Oliveira, 2008).
As atividades práticas são
atualmente entendidas como um método fundamental no processo de
ensino-apredizagem das ciências, traduzidas em distintas e diversificadas ações,
realizadas no espaço da sala de aula, laboratório ou exterior à escola,
implicando sempre que o aluno seja um sujeito ativo no próprio processo de construção
do seu conhecimento (Bonito, 1996).
Por sua vez, não é novidade que os
ambientes naturais, entre outros espaços não-formais, favorecem o
desenvolvimento de aulas de Ciências, pois permitem uma abordagem interativa,
estimulam o diálogo e motivam os alunos para atividades educativas capazes de
superar a fragmentação do conhecimento (Seniciato e Cavassan, 2004). Além disso, permitem que os
conhecimentos sejam abordados de uma forma interdisciplinar e holística. Neste
contexto, as saídas a campo, como atividades práticas, assumem-se como uma
estratégia de ensino de ciências que conduz à problematização dos conteúdos.
As atividades de campo permitem o
contato direto com o ambiente, possibilitando que o estudante se envolva e
interaja em situações reais, confrontando teoria e prática, além de estimular a
curiosidade (tal como é destacado pelos alunos na caixa em destaque) e aguçar
os sentidos. Deste modo, o aluno sente-se e assume-se protagonista do processo
de ensino-aprendizagem, ou seja, é um elemento ativo e não um mero recetor de
conhecimento.
De realçar que alguns importantes
objetivos relacionados com procedimentos e atitudes no ensino e educação em
Ciências só poderão ser cumpridos com atividades realizadas no campo. Alguns
elementos tornam insubstituível o seu papel didático (Brusi, 1992 in
Bonito et al., 1999):
i) A
inserção na esfera natural permite-nos compreender a amplitude, a diversidade e
a complexidade do ambiente e a multiplicidade de variáveis que o integram.
ii) O
conhecimento regional, no que se refere aos aspetos geológicos, vegetação e
fauna, entre outros, é muito difícil de abordar com um método ativo se não for
mediante o contacto direto com o meio.
iii) A
própria vivência é o melhor marco de referência para consciencializarmo-nos da
passagem do tempo, que marca ritmos e intervalos na sucessão dos fenómenos.
iv) As
atividades fora da sala de aula poderão transmitir mais vivacidade e uma
atitude ávida em relação ao meio natural.
O campo torna-se assim o contexto
de aprendizagem onde o conflito entre o real (o mundo), o exterior e o
interior, as ideias e as representações, ocorre em toda a sua intensidade. A
maioria dos conceitos pode analisar-se a partir das atividades no campo, pois
elas produzem uma síntese tripla, real dos conteúdos programáticos, na sua
dimensão de conceitos, procedimentos e atitudes.
Referências
bibliográficas
Bonito, J. (1996). Na procura da definição do
conceito de «actividades práticas». Enseñanza de las Ciencias de la Tierra,
vol. extra, 8-12.
Bonito, J.; Macedo, C.; Soares Pinto, J. M.
(1999). Metodologia das actividades práticas de campo no ensino das geociências
na formação inicial de professores: uma experiência em Pinhel. Comunicação oral
apresentada no vii encontro nacional de educação em ciências, realizado
em Novembro de 1999 na Escola Superior de Educação da Universidade do Algarve.
Educação em Ciências. Actas do VII Encontro Nacional. Faro: Escola
Superior de Educação da Universidade do Algarve, pp. 144-178.
Oliveira, T. (2008). As visitas de estudo e o
ensino e a aprendizagem das ciências físico-químicas : um estudo sobre
concepções e práticas de professores e alunos. Tese de Mestrado em
Educação, área de Especialização em Supervisão Pedagógica em Ensino da Física e
Química. Universidade do Minho. Instituto de Educação e Psicologia
Hodson, D. (2004). Time for Action: Science Education for Responsible
Citizenship. 20 Anniversary Public Lecture, The University of Hong Kong.
Disponível online em
http://www.hku.hk/education/research/lecture/DerekHodson.pdf.
Seniciato, T.;
Cavassan, O. (2004). O. Aulas e campo em ambientes naturais e aprendizagem em
ciências - um estudo com alunos do ensino fundamental. Revista Ciência &
Educação, v.10, n.1, p. 133 -147, 2004
Andreia Luz, Marina Martins, João Gomes. Professores de Ciências Naturais do 3º ciclo.
Na nossa opinião as saídas de campo são em
muitos aspetos benéficas.
Umas das vantagens de introduzir um tema com
uma saída de campo é que a nossa motivação para o compreender aumenta. Para o
sucesso escolar, os alunos devem manter-se interessados na matéria e motivados
para saber mais. Todos sabemos que uma aula fora do normal desperta, com
certeza, os alunos e o interesse que estes podem ter pelo tema.
Outra das vantagens de uma saída de campo é
podermos observar diretamente da natureza o que aprenderemos nas aulas
seguintes, ficando assim com uma melhor noção da realidade. Assim, quando
estivermos a aprender a matéria na aula perceberemos melhor do que trata.
Por fim, pensamos que o facto de podermos
observar com os nossos próprios olhos, dá-nos a possibilidade de criar a nossa
própria opinião quanto ao tema explorado, enquanto que na aula apenas nos
baseamos no manual e na opinião do nosso professor.
Concluímos, portanto, que as saídas de campo
melhoram o nosso desempenho e interesse pela disciplina.
Catarina Silva Nunes, Filipa Tojal Silva
e Laura Mota. 8º A
As saídas de campo são determinantes para a
aprendizagem dos alunos pois podemos testemunhar aquilo que estudamos nas
aulas. Os nossos sentidos ficam mais
atentos por estarmos no local. A parte prática começa a completar-se com a
teórica e o nosso interesse pela matéria aumenta. Além de contribuir para
ficarmos atentos e curiosos, leva-nos a perceber melhor a matéria.
Leonor Neto, Afonso Carvalho e António Gonçalves. 8º A
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Educar para a Ciência
Entrevista com cientista David Marçal
Doutorado
em Bioquímica pela Universidade Nova de Lisboa, em 2008. Fez investigação
científica em contexto industrial e académico. Desde 2003 que é autor do
Inimigo Público, um suplemento satírico do jornal Público, tendo escrito
centenas de textos de humor sobre temas científicos. Desde 2009 que é
coordenador dos Cientistas de Pé, um grupo de 'stand-up comedy' com cientistas.
É autor de vários espectáculos de teatro sobre temas científicos, alguns deles
inicialmente criados para o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. Escreveu
programas de televisão sobre ciência e é autor do livro "Darwin aos tiros
e outras histórias" (Gradiva, 2011). Em 2010 venceu o Prémio Químicos
Jovens, promovido pela Sociedade Portuguesa de Química e pela Gradiva e o
Prémio Ideias Verdes, promovido pela Fundação Luso e pelo Jornal Expresso. No
dia 22 de abril esteve no Valsassina para apresentar uma conferência sobre
Pseudociência. Aproveitamos para conhecer um pouco mais sobre este autor.
Quando é que decidiu que
queria dedicar-se à
Ciência e mais concretamente à Bioquímica?
Se a
Bioquímica veio mais tarde, a Ciência começou a
interessar-me desde muito jovem, ainda mais jovem do que vocês. Um dos primeiros momentos em
que me terei interessado pela Ciência
terá sido quando recebi
uma caixa de experiências
de Química, num Natal.
Devia ter uns dez ou onze
anos. Fiz as experiências
todas. Adorava! Tinha, por exemplo alguns reagentes, e o meu preferido era o
sulfato de cobre, porque era azul. Eu achava que, por ser dessa cor, seria mais
poderoso. Cheguei a inventar experiências.
Injetei sulfato de cobre numa laranja para ver o que acontecia. Acabei por
descobrir que nada. Verifiquei que a laranja estava só a apodrecer, que não
havia qualquer outro efeito. E descobri que a Ciência tinha um certo poder. Conseguia misturar coisas que não cheiravam a nada e depois de
misturadas produziam um cheiro desagradável. Mais tarde resolvi estudar Ciência, porque sempre achei
interessante ver a Natureza de uma forma estruturada. De certo modo, ter
estudado Ciência mudou a
minha visão do mundo. Por
exemplo, ao estudar Física,
e quando me virava de um lado para o outro, imaginava vetores na minha cabeça. E essa compreensão da realidade fascinava-me. E
ainda me fascina. A Química
surgiu mais tarde e depois fiz um doutoramento em Bioquímica. No fundo, a Bioquímica é uma
parte da Química. As leis
da Química são as mesmas dentro e fora das células. A diferença principal é que nas células as coisas acontecem em
meios muito mais moderados, em termos de temperatura e de pH, e há
catalisadores espetaculares, que são
as enzimas.
Como é que conseguiu a
sua Bolsa, que lhe permitiu estudar a comunicação científica?
Foi um concurso
da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Neste caso,
era um concurso só para
doutorados, pelo que foi só após o doutoramento. Na altura era
possível, hoje em dia
seria muito complicado.
Não
foi a única Bolsa que obteve.
Não,
também recebi uma Bolsa de doutoramento.
E como funciona a carreira de um cientista?
O
primeiro passo é fazer um
doutoramento. Isso faz-se, normalmente, com uma bolsa de investigação, quer seja em Portugal, quer
seja no estrangeiro. Hoje em dia, as bolsas portuguesas para estudos no
estrangeiro estão muito
limitadas, pelo que a melhor opção será conseguir bolsas nos outros países nos quais se vai fazer o
doutoramento. Esse é o
primeiro passo. No doutoramento, aprendemos a fazer investigação científica de uma forma independente. Temos um orientador e um
revisor, mas procuramos ganhar alguma autonomia na investigação. E esse é o primeiro passo da carreira
de um cientista. Depois de um doutoramento, segue-se um pós-doutoramento e outras coisas contratuais.
Alguns podem ser professores universitários.
A carreira de um cientista é semelhante
à carreira de um jogador
de futebol. É altamente
competitiva, temos de estar dispostos a ir para o sítio certo no momento certo da nossa carreira. Imaginem que o
Cristiano Ronaldo nunca tinha saído
do Andorinha. Nunca teria desenvolvido as suas capacidades até ao expoente que hoje atingiu.
Portanto, a carreira de um cientista é
extremamente competitiva, exige mobilidade e é exigente.
E como é que surgiu a
ideia de criar nm grupo de stand-up comedy?
A ideia
surgiu no contexto da minha atividade no “Inimigo Público”. Desde 2003 que escrevia piadas sobre
Ciência no jornal. E
acabei por chegar à conclusão de que era uma boa maneira de
divulgar a Ciência, de fazê-la chegar às pessoas. E achei que o stand-up comedy era uma boa maneira de o
fazer. Conseguia duas coisas: juntar cientistas, que são como que os protagonistas da Ciência, com os quais as pessoas gostam de falar (é como com os jogadores de futebol:
não dizem nada de jeito,
mas as pessoas gostam de os ouvir), e fazer humor. Tudo isto teve como objetivo
promover e divulgar a Ciência,
aproximar os cientistas do público,
das pessoas.
No fundo, tornar a Ciência
mais acessível...
Certo. Olhar
os cientistas de uma forma mais humana. Quando vemos os cientistas em cima de
um palco a contar piadas sobre a Ciência,
vemo-los de uma forma
muito mais humana. Desfazemos ligeiramente o estereótipo do cientista do cinema. Despenteado, maluco e de bata
branca, desejando dominar o mundo. Construindo o Frankenstein (risos). No fundo, promovemos a Ciência e tornamo-la mais acessível a todos os membros da nossa
sociedade, que assim terão mais conhecimentos e uma maior
capacidade de tomar decisões.
Não acha que, de certo modo, a Ciência
é limitativa por ser tão ampla? Isto é, tem tantas áreas que é
impossível sabermos tudo, mesmo que estejamos a falar de algo muito
específico. O que o move nos seus projetos científicos
para chegar a uma conclusão?
A curiosidade.
É verdade, a Ciência é muito ampla, daí
que não exista
ninguém que domine todos
os seus campos. Mas o mesmo também
poderá ser dito acerca da
Arte ou da Literatura. Já viram
a quantidade de Literatura que há
para conhecer? E não
é isso que coíbe
as pessoas de ingressarem nessa área.
Eu acho que, no caso das Ciências,
vamos fazendo escolhas, escolhendo aquilo que mais nos interessa. É verdade que existe especialização. Mas também existem áreas de convergência. Muitas vezes, uma conclusão resulta do trabalho levado a
cabo em várias áreas específicas e diferentes entre si.
Por exemplo, num projeto que desenvolvi, no qual estudei proteínas, tive de utilizar RX. Este é o exemplo da união entre a Física e a Bioquímica. É muitas vezes nas áreas
de fronteira que existe espaço
para a novidade. É difícil uma pessoa albergar
conhecimento científico de
todas as áreas. Há que fazer escolhas.
Que conselho daria a um jovem cientista?
Dir-lhe-ia
que estudasse, que tirasse um curso na área
em que gostasse de fazer investigação.
Que tivesse muito atenção quanto
às escolhas, embora não
exista nenhuma que seja irreversível. É importante escolher uma área que lhe interesse e que o
motive muito. Perceber qual é o
melhor sítio para
desenvolver a investigação, sabendo que esta é uma atividade exigente.
Portanto, convém escolher uma
área que quer mesmo
estudar, uma área que lhe
interesse bastante. Isto porque a atividade científica pode ser frequentemente frustrante, os resultados podem
tardar em aparecer. No fundo, procuramos um conhecimento que ainda não
temos, pelo que não sabemos o que vai suceder. Em síntese,
importa definir bem a área em que se vai ingressar, alimentar
essa paixão não só pelo tipo de conhecimento, mas também
pelas técnicas desenvolvidas. Sem isto, dificilmente se manterão
a persistência e a motivação que são fulcrais na investigação
científica.
Hoje arrepende-se de alguma das escolhas
que fez?
Não, não me arrependo das escolhas que fiz. Podia ter feito
escolhas diferentes, se fosse fazê-las
agora. Mas na altura eram escolhas que faziam sentido para mim. Há coisas que faria de modo diferente.
Mas não me arrependo. Não há universos alternativos e não temos a capacidade de voltar atrás no tempo. Não
há escolhas irreversíveis. Por exemplo, há pessoas que fazem o
doutoramento numa área e
depois fazem o pós-doutoramento
noutra muito diferente. Acabam por dominar duas áreas que até podem
acabar por convergir.
Se descrevesse as qualidades de um
Cientista em três palavras, quais seriam?
Três palavras? Curiosidade.
Persistência. Transparência. Uma das marcas da Ciência é a transparência.
Dizemos o que fazemos, como fazemos, como chegamos a determinados resultados, para que os outros também possam lá chegar.
Considera que tem essas características?
Claro
que sim! (Risos) Sem dúvida!
Sem essa transparência não
há ciência?
Julgo
que não. A transparência é fundamental na Ciência.
Para que refutemos um determinado resultado, precisamos de saber como é que o mesmo foi obtido. Chegar
a uma conclusão sem explicar como é
que esta foi obtida não é Ciência. É uma
caixa negra. A Ciência não se baseia em caixas negras.
Nós somos alunos do Secundário,
estudamos Biologia e Geologia e já estamos a decidir o que vamos
fazer no futuro. Antes mesmo de ter a nossa idade já gostava de Ciência.
Qual terá sido o fator determinante para ter a certeza de que
escolheria esta área?
O que é que o motivou?
Eu acho
que a principal decisão ocorreu
entre o 9º e o 10º ano. Tive de escolher entre as
Ciências “duras”
e outras áreas mais próximas das Letras, para as quais também
tinha vocação e interesse. Acabei por ir para uma área chamada Quimicotecnia. Hoje escrevo
livros, o que é uma forma
de me aproximar dessa outra área.
Eu acho que o que me motivou e me fez ir para Ciências foi o facto de sentir que a Ciência é um
grande desafio. Isto não
quer dizer que a área da
Literatura e das Línguas não seja também um grande desafio. Mas na
altura foi nisso que pensei. Teria a oportunidade de descobrir coisas que não descobriria sozinho se não estudasse Química. Claro que depois tudo
isto é o resultado de um conjunto de escolhas parciais. Primeiro
escolhi estudar Química,
depois estive indeciso entre estudar Física
ou Química, que eram as
disciplinas que mais me interessavam. Portanto, julgo que a motivação foi mesmo o desafio, o
sentir que podia descobrir coisas que nunca descobriria se não tivesse estudado Ciências. E aprender estas coisas
dá-nos acesso a um certo poder, o poder de saber o que vai
acontecer, quando e onde. Por exemplo, saber onde e a que horas vai passar um
cometa é fascinante. Pelo
menos para mim. (Risos)
Tem alguma fonte de inspiração,
algum ídolo que o tenha impulsionado a seguir o caminho que
escolheu?
Na
altura, foram essencialmente os livros. Li, por exemplo, da coleção de Ciência Aberta da Gradiva, na qual acabei por publicar anos
mais tarde, o livro Um pouco mais de azul, do astrofísico Hubert Reeves. Achei
fascinante saber como são
feitos os nossos átomos
nas estrelas, através da
Fusão Nuclear. Quando os hidrogénios se juntam e o hélio se forma, o qual basicamente
não serve para nada. E
depois quatro átomos de hélio juntam-se e formam o carbono,
que é muito importante,
pois tudo na nossa vida é feito
tendo por base a química
do carbono. Perceber de que somos feitos, do que é que tudo é feito.
Nós somos poeira de
estrelas porque os átomos
vêm das estrelas.
Como é que se
descreveria enquanto aluno do Secundário?
Eu não sei se quero responder a essa
pergunta (risos, muitos). Mas posso
responder. Era um aluno irreverente. Não
era o melhor aluno, mas era um bom aluno. Tinha vários interesses para lá da escola. Por exemplo, no 12º ano tinha apenas três disciplinas. Espetacular!
Atualmente, o sistema oferece muito mais para aprender. E era espetacular principalmente
por termos um dia totalmente sem aulas. Foi nesse ano que comecei a escrever
numa revista, a “Fórum Estudante”. Escrevi até
bastante. Comecei durante um estágio
de verão e depois
continuei e escrevia sempre que tinha tempo. Tinha muitos interesses, não me dedicava exclusivamente à escola. Claro que o meu
percurso escolar também se
ressentiu, mas acho que valeu a pena.
Então a escrita sempre esteve
presente ao longo da sua vida?
Sim,
desde muito cedo. Aliás,
aconteceu uma coisa incrível
na escola. Foi a escola que me incentivou, apesar de em casa também ler muito. Mas nunca escrevi.
Comecei a interessar-me por escrever quando, no 10º ano, na aula de Português, li umas crónicas
do Miguel Esteves Cardoso, e achei piada àquilo. Aquilo, na altura, tinha piada.
(Risos) Porque era muito inesperado,
muito irreverente, ele era e é
um autêntico malabarista com
as palavras. E eu nunca tinha visto nada escrito assim. Brincar com as
palavras, com o ritmo da música.
Também queria fazer aquilo!
E comecei a tentar. E depois, por meio de uma série de acontecimentos improváveis, comecei a ser pago para escrever. Comecei a escrever
para a “Fórum
Estudante” e, portanto, a escrita sempre esteve presente de alguma
forma. Mais tarde acabei por escrever no “Inimigo Público”. Durante muito tempo, estudava Ciências e escrevia, mas não
propriamente sobre Ciência.
Só depois é que houve uma convergência entre as duas áreas,
já que eram coisas de que
eu gostava muito. Mas isso foi só
depois do doutoramento.
Considera que a sua vida pessoal foi uma
base importante tanto para a sua vida académica como para a
sua vida laboral?
Sim, sem
dúvida. A minha família sempre valorizou bastante a
educação nas suas várias vertentes. Não só na componente escolar, mas também dando-me acesso aos livros e à cultura. Portanto, foi fundamental. A parte laboral também tem muito a ver com a minha
formação e consegui singrar
neta por ter tido acesso à educação e à cultura. Tive essa sorte. A educação é importantíssima e vale a pena investirmos
nela, não só para termos um melhor emprego,
mas também para termos mais facilidade em arranjar emprego. Dá-se sempre prioridade às pessoas com um percurso
educativo mais rico. Digo isto, embora me pareça que a questão da educação
não é
importante apenas para a empregabilidade, mas também para a formação
pessoal e para nos sentirmos bem com a nossa evolução pessoal. Mesmo que não tenhamos de trabalhar, seremos sempre mais felizes se
tivermos acesso à educação.
Manteve contacto com algum colega do Secundário?
Sim, com
vários. Os amigos do
Secundário foram fundamentais
para mim. Conservo ainda alguns desses amigos.
Sente que eles o ajudaram nas escolhas que
fez?
Influenciaram-me,
sim. Nós também somos influenciados pelos
amigos, pelas escolhas dos amigos, pelas opções das pessoas que consideramos importantes. Tenho um
grande amigo que fez o doutoramento comigo, no mesmo Instituto, e que foi também meu colega no Secundário. Fizemos a mesma
licenciatura, na mesma universidade. Atualmente, ele vive na Austrália. Mas também tenho outros amigos, que
fizeram cursos em áreas um
pouco mais distantes da minha, com os quais mantenho contacto frequente. Os
amigos que fiz nestas idades continuam a ser pessoas fundamentais na minha
vida.
E foi fácil manter esse
contacto?
Com a
maior parte das pessoas, não.
Quando é muito difícil não dá para
manter (Risos). Também depende da intensidade da
relação. Quer dizer, os
meus grandes amigos, aqueles dois ou três,
com esses mantenho contacto, haja o que houver. Um deles vive na Austrália e ainda mantemos um
contacto muito próximo.
Mas já estão preocupados com isso?
Um bocadinho (muitos risos).
Vão arranjar novos amigos, manterão
o contacto com os antigos. Isto é, a vossa vida vai ficar mais rica.
Teve algum professor no Secundário
que o tenha marcado e com o qual ainda mantenha contacto?
Sim,
tenho. Mantenho contacto com a minha escola secundária. Vou lá muitas
vezes, tal como venho aqui. As professoras estão todas muito orgulhosas do aluno que escreve livros e sou
convidado regularmente e vou lá com
muito gosto. Sim, mantenho contacto com professores que tive nessa altura.
Sente nostalgia quando vai à
sua escola?
Já não. Quando vou à
minha antiga escola, sinto-me bem. A escola melhorou bastante em muitos aspetos.
Tem uma biblioteca melhor, as instalações
estão melhor conservadas,
estão em melhor estado.
Portanto, gosto bastante de ir lá. Agora, nostalgia já não sinto. Eu não
gostava de ser aluno da escola secundária
neste momento, convenhamos.
Mas sente nostalgia em relação às memórias
que guarda desses tempos?
Sim, sem
dúvida. A adolescência é uma fase de vida ou morte, muito rica em experiências, vivida com uma certa
intensidade. É um período rico mas cansativo, o qual
vale a pena viver. Talvez a nostalgia que sinta seja dessas relações, dessas amizades.
A faculdade é assim tão
horrível quanto se diz? Dizem que somos mais um no meio da multidão.
É que nós aqui somos como uma aldeia,
em que todos se conhecem e já somos como que uma grande família,
incluindo os professores.
Depende
muitos das faculdades. A ideia de aldeia é facilmente associada ao Secundário. Temos uma turma, damo-nos sempre com as mesmas pessoas.
Mas na faculdade também é
possível criar ligações
bastante significativas. Mesmo no meio da multidão, podes escolher a tua aldeia. Há muitas atividades na faculdade. Recomendo-vos a não irem para a Tuna, aquilo é estúpido... Estou a brincar, até pode ser interessante. (Risos)
Na minha faculdade, havia várias
atividades e núcleos temáticos. Havia até quem praticasse desportos de
aventura. Pessoas que iam escalar, andar de bicicleta. Havia quem gostasse de
se vestir de morcego... Digo-vos só
para não se deixarem intimidar pelas praxes.
As praxes são uma parvoíce, não se deixem enganar. A verdadeira socialização não tem nada a ver com esse ritual primitivo pateta. Se não concordarem, não se deixem levar. Ninguém tem como obrigar-vos a participar
naquilo. As leis do país
continuam a ser aplicadas ali. Se eles cometerem crimes, façam queixa à polícia.
Considera que os jovens cientistas têm
mais facilidade em adquirir os dados, pelo facto de terem meios mais evoluídos
do que anteriormente?
Nos últimos vinte anos houve um grande progresso científico em Portugal. E a diferença entre fazer um doutoramento
agora e fazê-lo há vinte
anos é abissal. Portanto,
neste momento existe um sistema científico
e tecnológico em Portugal.
Existe alguma massa crítica,
existem investigadores profissionais que não são
tantos como a média da União Europeia, mas estamos a
aproximar-nos dela. Existem infraestruturas muito melhor equipadas, existindo por
isso muito melhores condições
agora para fazer investigação
científica do que havia
nos anos 90. Portanto, houve um grande progresso a esse nível.
Têm-se verificado
avanços e recuos,
mas de um modo geral a situação tem vindo a progredir. E hoje em
dia há uma infraestrutura
científica, tanto em
termos de unidades científicas
como em termos de recursos humanos. A Ciência em Portugal estava limitada a um conjunto elitista de
pessoas. Era pequena, fechada, andava de costas voltadas para o país. Agora, com a democratização da educação, a Ciência abriu-se ao público,
às pessoas.
Maria Inês Gama, Beatriz Gaspar, Miguel Monteiro. 10º1A
T-Gel. Desenvolvimento de um gel estilizador com propriedades nutritivas para o cabelo.
Neste projeto procurou-se explorar o facto de certos cosméticos para o
cabelo ficarem em contacto com o cabelo e couro cabeludo durante várias horas
depois da sua aplicação. Este tempo de contacto garante a eficácia do produto
porque certos químicos precisam de estar no cabelo a reagir para manter o seu
efeito (polímeros com efeito estilizador neste caso).
Colocou-se a hipótese de se poder criar um gel com função estilizadora
mas também nutritivo e enriquecedor para a saúde do cabelo e couro cabeludo, com
constituintes que tirassem partido do longo tempo de contacto já mencionado.
Em laboratório, desenvolveu-se uma fórmula base de um gel com
propriedades estilizadoras e procuraram-se produtos benéficos ao cabelo para
juntar à fórmula. O Gel desenvolvido contém onze elementos e uma ordem definida
para a mistura dos reagentes. Merecem destaque os seguintes constituintes:
Poliquaternium-10, Pantenol, Ceramidas A2 e Extrato de chá verde. Deste modo,
consideramos que a aplicação do extrato no couro cabeludo permitirá a atuação
de flavonóides anti-oxidantes e epicatequinas inibidoras da enzima
5-alphareductase, enzima esta responsável pela maior parte dos casos de queda
de cabelo. Além disso, possui também um efeito anti-gravidade. O Gel produzido
foi submetido a análises químicas e microbiológicas. Como tal, o trabalho
desenvolvido permitiu-nos possível chegar a uma fórmula base funcional para o
gel, em que este respeitasse tanto os critérios legais como os definidos para
considerar o gel como benéfico para o cabelo.
Artur
Fortunato e Ulisses Ferreira 11º1A
Agradecemos todo o apoio e disponibilidade da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
FOOTLYS. APLICAÇÃO DE LISINAS NA ELIMINAÇÃO DA BROMIDROSE VERIFICADA NOS SAPATOS
A bromidrose verificada nos sapatos tem como
principal origem o suor que, de uma forma geral, é inodoro. No entanto, a
bactéria Staphylococcus epidermidis,
naturalmente presente na flora da pele, transforma a leucina, substância
naturalmente presente no suor, em ácido isovalérico, que provoca o odor. Esta
bactéria vê nos sapatos um ambiente propício ao seu desenvolvimento.
Os bacteriófagos, sendo vírus capazes de infetar
bactérias, possuem um ciclo lítico, no qual são expressos endolisinas. Estudos
recentes comprovaram que algumas desses endolisinas possuem uma capacidade
bacteriolítica imediata e elevada. Existem também estudos que comprovam que há
endolisinas específicos que têm a capacidade de lisar a bactéria Staphylococcus epidermidis.
O propósito deste trabalho é estudar a aplicação
de lisinas na inibição a atividade do Staphylococcus epidermidis no
sentido de criar uma solução biológica inovadora que consiga resolver o
problema da bromidrose, e que não deverá ter efeitos adversos nem para o
ambiente nem para o utilizador.
Para o desenvolvimento do projeto foi possível
contar com a colaboração da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
através do Centro de Química e Bioquímica.
O trabalho experimental divide-se em três
etapas: i) expressão e produção de endolisinas; ii) estudar a atividade lítica
do endolisina; iii) aplicação do endolisina em spray.
Os resultados obtidos levam-nos a afirmar que a
LysA apresenta uma maior eficácia na purificação, o que justifica a sua seleção
no produto a desenvolver.
Considera-se que o produto desenvolvido é
inovador e diferenciador, em relação aos existentes no mercado para a
eliminação da bromidose. Pretende-se dar continuidade a este trabalho, quer
estudando outras aplicações do mesmo produto, quer através da análise da
proposta de valor e de um eventual modelo de negócio que poderá ser
desenvolvido.
Mário Gil Oliveira e Martim Nabais. 11º1A
Agradecemos todo o apoio e disponibilidade do Centro de Química e
Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Bioplástico a partir de leite: do desperdício à industrialização
Agradecemos todo o apoio e disponibilidade do Biochemical
Engineering Group da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade
Nova de Lisboa.
quarta-feira, junho 18, 2014
Microbial fuel cell
Microbial fuel cell
Produção e estudo da
eficiência de uma Microbial fuel cell no tratamento de águas residuais
Carolina Fonseca1, Diogo Oliveira1, Pedro
Leal1, Andreia
Luz2
1 Aluno do 12º ano do Curso de Ciências e
Tecnologias. 2 Professor de Biologia.
Departamento de Biologia. Colégio
Valsassina
Agregado polimérico de celulose
Agregado polimérico de
celulose
Produção
de um
agregado polimérico de celulose e sua aplicação no fabrico de copos isoladores
térmicos “six-pack rings” (anéis de transporte)
Ana
Catarina Pauleta1, Maria
Cetra1, Mariana Monteiro1, Andreia Luz2
1Alunas
do 12.º ano Curso de Ciências de Tecnologias 2Professora de Biologia.
Departamento de Biologia. Colégio Valsassina
Electric Footprint
Electric Footprint
Mariana
Almeida1, Marta Zambujal1, Rita
Vaz1, João
Gomes2
1Aluna
do 10º ano do Curso de Ciências e Tecnologias. 2Professor de Biologia.
Departamento de
Biologia. Colégio Valsassina
Saliva de Cannis lupus familiaris: o antibacteriano do futuro?
Saliva de Cannis lupus familiaris: o antibacteriano do futuro?
Mariana
Carrasco1, Mafalda Gomes1, Aisha Ahmad1, João Gomes2
1Aluna
do 10º ano do Curso de Ciências e Tecnologias. 2Professor de Biologia.
Departamento de Biologia. Colégio Valsassina
Alunos do Valsassina premiados na VIII Mostra Nacional de Ciência e 22º Concurso Nacional de Jovens Cientistas e Investigadores
A VIII
Mostra Nacional de Ciência decorreu no Museu da Eletricidade, de 29 a 31 de
maio. Estiveram presentes 100 projetos após uma primeira fase de candidaturas,
onde foram submetidos mais de 150 trabalhos.
Os alunos
apresentaram os trabalhos de investigação e foram avaliados por uma júri de
especialistas em várias áreas. Este atribuiu o Prémio Especial Energia aos
alunos do 12º1A, Carolina Fonseca, Diogo de
Oliveira; Pedro Leal, pelo trabalho “Microbial
fuel cell: Produção e estudo da eficiência de uma Microbial fuel cell no tratamento
de águas residuais”.
O aluno João Brito, do 10º1A,
recebeu uma Menção Honrosa pelo trabalho “Audição em Humanos”,
desenvolvido durante o ano letivo no âmbito do projeto Sciencecalifragilistic
na Fundação Champalimaud – Programa de Neurociências.
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