quinta-feira, janeiro 29, 2009

Quais as vantagens do uso da Drosophila melanogaster

Quem é?
A Drosophila apresenta o corpo dividido em cabeça, tórax e abdómen:
  • Cabeça: Distinguem-se as antenas, os olhos e as peças bucais;
  • Toráx: Dividido em 3 segmentos com um par de patas por segmento. O segundo segmento possui o par de asas (finas e membranosas) e o terceiro segmento possui os halteres - pequenas estruturas que funcionam como orgão de equilíbrio;
  • Abdómen: Possui uma segmentação nítida desprovida de apêndices e constitui o centro de nutrição.

Classificação:
Tipo: ARTHROPODA
Classe: Insecta
Ordem: Diptera
Família: DROSOPHILIDAE
Género: Drosophila
Espécie: Drosophila Melanogaster

A Drosophila Melanogaster é originária da África central mas actualmente está distribuida por todos os países com um clima quente. Nos países com um clima predominantemente frio apanas aparecem no verão devido às migrações. Durante o Inverno podem aparecer em lugares quentes como padarias.

Mas qual a razão do sucesso de trabalhar com estas moscas?
O sucesso da Drosophila melanogaster ao nível da análise genética deve-se a vários factores:
  • as fêmeas são muito fecundas (cada fêmea é capaz de produzir cerca de 200 a 300 descendentes);
  • Fácil cultivo no laboratório;
  • Ciclo de Vida curto;
  • Produz grande descendência;
  • Apresenta dimorfismo sexual, sendo fácil a distinção dos sexos;
  • As culturas ocupam pouco espaço;
  • Fácil manuseamento e observação;
  • Reduzido número de cromossomas: 4 pares;
  • Apresenta um grande número de mutantes.

Para ver o vídeo:«Fruit Fly Genetics Experiment» carregar aqui.

Projecto Mokidros

Como resultado do desenvolvimento de trabalhos do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) nasceu o projecto Mokidros que pretende aplicar esses trabalhos de investigação nas escolas.
A turma do 12º ano, de Biologia, está a desenvolver este projecto, no Colégio Valsassina.
Com o Mokidros pretende-se divulgar uma nova e necessária ideia de participação na actividade científica e laboratorial.
Assim, recorremos ao modelo biológico Drosophila. A metodologia aplicada permite uma transferência de Know-how entre o Laboratório Associado e as escolas. Ao fazer a compilação dos protocolos já existentes e associando a sua utilização em sala de aula, assumimos o compromisso de complementar o ensino teórico com uma prática associada ao trabalho laboratorial.
Para tal, estamos a montar uma estação de trabalho com vista à criação e análise de moscas da fruta. Os alunos participam neste atelier em regime de tutoriado, permitindo, desta forma, ganharem maior autonomia e conhecimentos no que diz respeito ao trabalho laboratorial.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Projecto Daphnia -2º dia de trabalhos


Hoje dedicámo-nos a conhecer um pouco mais as daphnias. Esperamos na próxima semana dar início às actividades - está tudo preparado para testar o efeitos de drogas comuns no ritmo cardíaco.

Observámos alguns exemplares e testámos a contagem do batimento cardíaco. Não é muito fácil!!!..
Parece que já temos juvenis!...

Mas o que é uma Daphnia?
Microcrustáceo de água doce, com cerca de 1.5 mm de comprimento, vulgarmente designado por pulga-de-água devido aos movimentos específicos das segundas antenas que lhe dão a aparência de se deslocar em pequenos saltos.
Apresenta, como todos os crustáceos, uma carapaça que no seu caso sofre muda diária.
Habitante comum das águas doces interiores do globo, que se alimenta de algas e é a presa principal de vários peixes.
Muito usada em bioensaios toxicológicos, nomeadamente nos testes requeridos pela legislação nacional e europeia para a avaliação de ecotoxicológica de novos agentes químicos, de efluentes urbanos e industriais e de ecossistemas de água doce.
Em condições naturais, Daphnia magna reproduz-se por partenogénese cíclica, o que fornece tanto clones de longo termo como populações com reprodução sexuada. Ou seja, durante a maior parte do ano as populações naturais de Daphnia magna são constituídas maioritariamente por fêmeas, sendo os machos apenas abundantes na Primavera e Outono ou quando ocorrem condições ambientais desfavoráveis como, por exemplo, baixas temperaturas ou grande densidade e subsequente acumulação de produtos excretores. Contudo, em laboratório, onde as condições ambientais são favoráveis e constantes, a reprodução sexuada normalmente não ocorre, e D. magna reproduz-se apenas partenogenicamente originando numerosos descendentes geneticamente idênticos às fêmeas progenitoras o que permite eliminar a variabilidade de ordem genética dos bioensaios.
O seu ciclo de vida varia entre, cerca de 40 dias a 25 ºC, e 56 dias a 20ºC. Quando mantida em laboratório, esta espécie tem, normalmente, juvenis de 2 em 2 dias e precisa de 6 a 10 dias para dar origem à primeira ninhada. Os ovos são libertados quando estas mudam a sua carapaça.
(texto adaptado de «biologia no verão»)

terça-feira, janeiro 20, 2009

Projecto Daphnia - início das actividades

Verificação dos Kits/Preparação das Culturas

Verificámos todos os kits, observando se continham o material necessário ao projecto e a taxa de mortalidade das dáfnias, que correspondia a um valor entre 15 e 25%, semelhante ao valor indicado (10 a 15%).
De seguida, começámos a montagem das culturas de Dáfnias (Dapnia magna) e de Algas Verdes (Chlorella vulgaris).
Para as culturas de dáfnias, desinfectámos dois aquários com álcool etílico a 70%, enchendo-os depois com água mineral da Serra da Estrela, e montando o termómetro, verificámos que a temperatura era inferior ao necessário para sobrevivência das dáfnias, e por isso aquecemos a água utilizando um termóstato, até se atingir a temperatura pretendida (20,5ºC) Medimos também o pH da água com um sensor. Após a montagem do aquário, despejámos com uma pipeta uma porção de algas verdes, e só depois as dáfnias. Para as culturas das algas, desinfectámos dois balões de Ernlenmayer com álcool etílico a 70%, evaporando depois o álcool com o secador, e enchendo os balões com 250ml de água mineral Serra da Estrela. Depois, enrolou-se algodão em gaze, fazendo rolhas para tapar os balões, para isolar o balão, e introduzindo um tubo para criar condições de oxigenação da água.


Estamos agora em condições arrancar com as actividades...^
11º 1A; 11º 1B
Chlorella vulgaris
Dapnia magna

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Projecto Daphnia

Promovido pelo Visionarium o Projecto Daphnia permite a utilização de um Modelo Biológico (Daphnia magna) no Ensino Experimental das Ciências.
As turmas de biologia do Colégio Valsassina vão estar envolvidas neste projecto. Os kits estão quase a chegar e até ao final do mês de Janeiro iremos dar início às actividades.

Para mais informações sobre este projecto carregar aqui.